Qual a diferença entre átonos e clíticos?
Gostaria de saber se está correta a frase: «Esse carro te pertence?»
Eu vejo muita gente usando frases parecidas. Mas o verbo (pertencer), por ser VTDI, não deveria ter uma preposição antes da pessoa, ou seja, o certo não seria somente: «Esse carro lhe pertence?»?
Caso a frase «Esse carro te pertence?» esteja correta, gostaria muito de uma explicação.
Obrigado pela atenção.
Onde se coloca o sujeito em orações com o gerúndio perfeito? Pode ficar entre, antes ou depois das formas verbais? Obedece a alguma regra?
No Brasil, a voz reflexiva correta dos verbos está cada vez mais esquecida na linguagem coloquial, de tal maneira, que frases como: «Quando se é criança, vê-se o mundo com outros olhos», «Se se trabalha muito, melhora-se de vida», «Fica-se estarrecido com a corrupção dos políticos», «Quem mata deve ser condenado à morte», «Quem não trabalha também não tem o direito de comer», «Quem é ladrão deve ir para a cadeia» passam a ser da seguinte forma: «Quando você é criança, você vê o mundo com outros olhos» ou «Quando você é criança, vê o mundo com outros olhos», «Se você trabalha muito, você melhora de vida», «Você fica estarrecido com a corrupção dos políticos», «Se você mata, você deve ser condenado à morte», «Se você não trabalha, também não tem o direito de comer», «Se você é ladrão, você deve ir para a cadeia».
Quem diz a voz reflexiva dessa maneira arrevesada, o faz quando está conversando com outra pessoa. Observe-se que, nos três últimos casos, podem-se gerar mal-entendidos, pois o interlocutor pode entender que está sendo chamado de assassino, vagabundo ou ladrão, ficando por isso mesmo ofendido.
Como se pode perceber, se é substituído por você. Quando o primeiro termo é usado, a frase torna-se geral, alguma coisa que se aplica a todos, que vale para todos. Creio ser esta mesma a finalidade da voz reflexiva.
Todavia, quando o segundo termo é utilizado, embora a intenção seja dizer algo que valha para todos, não se diz assim, pois a palavra você faz com que o que foi dito valha só para a pessoa com quem se fala.
Sobre tudo isto aqui ventilado, peço os comentários e os esclarecimentos desse credibilíssimo sítio. Gostaria outrossim de saber se essa inovação seria mais uma influência do inglês na língua portuguesa. Ficaria feliz também se me dissessem se tal fenômeno de linguagem ocorre também aí em Portugal.
Muito agradecido.
Na frase «No início de todos os anos lectivos, no momento de começo de mais um ano de convivência e confronto entre jovens e adultos, o que os primeiros esperam dos segundos, ainda que não o verbalizem, é que eles exijam, que incitem, que provoquem a actividade necessária à aprendizagem...», a palavra «o» em «ainda que não o verbalizem» é um pronome pessoal ou demonstrativo?
Obrigada.
Agradeço a atenção dispensada, mas continuo com a minha dúvida. Os exemplos apresentados, por exemplo, «amar»/«amar-se», são de fácil compreensão. Não vejo onde possa ter lugar o «casar-se», com o «se» reflexo, pois ninguém se casa consigo próprio. Agradecia, pois, que me indicassem um contexto em que se aplique o «se» de «casar-se».
«O que torna as pessoas sociáveis é a sua incapacidade de suportar e, nela, a si mesmas.»
Gostaria de saber se o «que» nesta oração seria o primeiro exemplo de vocábulo que se refere a um outro termo anterior?
Desde já agradeço.
Recebi de outro professor de Língua Portuguesa a informação de que os pronomes "ele" e "ela" quando não exercem a função de sujeito são classificados como "pronomes pessoais do caso oblíquo", ambos.
O que sei é que os pronomes “eu”, “tu”, “ele”, “nós”, “vós” e “eles” são classificados como pronomes pessoais do caso reto e que exercem a função de sujeito.
Já os pronomes do caso oblíquo, como “me”, “mim”, “se”, “o”, etc, exercem a função de objeto.
No presente caso, o que eu diria, à primeira vista, é que os pronomes “ele” e “ela”, quando em função de complementos, estariam FAZENDO FUNÇÃO DE OBJETO, mas não posso afirmar inequivocamente que isso os qualificaria como pronomes pessoais do caso oblíquo.
Gostaria, portanto, de obter ajuda da competente equipe do Ciberdúvidas, que tem se mostrado, cada vez mais, o melhor “site” de consulta para dirimir dúvidas acerca da língua portuguesa.
Qual a função sintática dos termos «lhe» e «aos pés» na frase: «O medo acrescentou-lhe asas aos pés»?
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
Se pretende receber notificações de cada vez que um conteúdo do Ciberdúvidas é atualizado, subscreva as notificações clicando no botão Subscrever notificações