Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Classe de palavras: pronome
Raquel Martins Professora Lisboa, Portugal 1K

Gostaria de saber em que medida a expressão seguinte configura uma catáfora. O exercício, de um exame de português de 12.º ano, diz assim:

«O recurso à expressão "tudo o que Fernando Pessoa não pode ser" configura uma... Catáfora, reiteração, anáfora ou elipse. (Escolha múltipla)»

As soluções indicam «catáfora».

Contexto: «(...) a verdade é que é de Caeiro que irradia toda a heteronímia pessoana, pois ele é tudo o que Fernando Pessoa não pode ser: uno porque infinitamente múltiplo, o argonauta das sensações, o sol do universo pessoano.»

Neste caso «ele» é o correferente, e «tudo o que o Fernando Pessoa não pode ser», o referente, uma vez que na catáfora o correferente aparece antes do referente?

Gostaria que me elucidassem, pois fiquei confusa.

Obrigada.

Maria Céu Melo Professora Oeiras, Portugal 1K

Na frase «Qual o impacto da atenção na compreensão da leitura?», não é obrigatório escrever o verbo , neste caso, ser (é ou foi)?

Helena P. Esteves Formador Lisboa, Portugal 4K

Gostaria, se possível, que me esclarecessem quanto a este enunciado: «Tens visto a Inês»? «Tem-la visto» ou «tem-na visto»? E porquê?

Obrigada pela atenção.

Cláudia Maria Vieira Cruz Varela Professora Arcos de Valdevez, Portugal 4K

Gostaria de saber qual a função sintática desempenhada pelo pronome relativo que no verso «Gato que brincas na rua». Penso que tu será o sujeito nulo subentendido de «brincas».

Obrigada.

Maria João Andrade Professora Caldas da Rainha, Portugal 6K

Na frase «Elas prestam atenção a tudo», o constituinte «a tudo» é um complemento oblíquo, um complemento indireto ou um complemento do nome?

Fernando Bueno Engenheiro Belo Horizonte, Brasil 1K

Quanto à resposta dada à consulta de Fernando Gaspar, em 30/9/2019, inclino-me a ficar com a impressão do consulente, em detrimento do parecer da consultora.

Se não, vejamos: o pronome o, a meu juízo, deve retomar um termo ou uma oração já referida, mas a oração já referida, no caso em tela, é «a irritação ditava-lhe uma violenta resposta», e não «dar uma violenta resposta» (a análise se deve fazer com o que está escrito, e não com ilações; do contrário, cada um poderia ter a sua e usar o pronome que lhe interessasse). Assim sendo, é impossível a substituição por causa do risco de ilogicidade. A forma lha se impõe, então; sendo a o pronome vicário de «violenta resposta».

Distração de Júlio Diniz.

Fernando Bueno Engenheiro Belo Horizonte, Brasil 1K

Quanto à dúvida apresentada pela consulente Sílvia Pereira, em 25/9/2019, penso que talvez seja mais esclarecedor analisar a frase da seguinte forma: «Ele sabe o (=isso) de que fala». Assim sendo, «do (o de que) se fala» é oração subordinada substantiva direta; e «de que se fala» oração adjetiva restritiva, que está embutida na primeira.

Fernando Gaspar Funcionário Público Lisboa, Portugal 1K

Num artigo do consultório deparou-se-me a citação seguinte:

«A irritação ditava-lhe uma violenta resposta, mas já lho não permitia a consciência.» (Júlio Dinis, A Morgadinha dos Canaviais. 1860).

Esta frase suscitou-me a dúvida seguinte cujo esclarecimento antecipadamente agradeço.

Pergunto se, corretamente, não deverá antes escrever-se: «…mas já não lha permitia a consciência», isto é, escrever «lha» em vez de «lho», porquanto na 2.ª oração estamos referindo-nos à violenta resposta.

Elton Gomes Revisor Olinda, Pernambuco, Brasil 4K

O uso da vírgula nas situações abaixo se justifica? Não estariam elas separando elementos que têm relação sintática (no caso, o sujeito ‘«você’» do predicado ‘«gosta’»)?

Na fala, há uma pausa enfática depois do pronome, o que, acredito, deve induzir muitos escreventes a utilizarem a vírgula supondo ser ‘«você»’ um vocativo. Exemplos:

«E você(,) como está?»

«E você, vai passar as férias onde?»

Fico agradecido pela atenção.

Lucas Tadeus Oliveira Estudante Mauá, Brasil 2K

Quando se passou a tratar por vós a pessoa respeitável que conheçamos, em vez de usá-lo, esse pronome, a referir a várias pessoas?

E quando surgiram os demais pronomes de tratamento, como Senhor, Vossa Mercê (você/"cê") e tantos outros.?

Os latinos os usavam, tinham os seus próprios ou não possuíam esse tipo de pronome, preferindo apenas os velhos e bons tu e vós àqueles?