Nas frações que têm os denominadores múltiplos de 10, de 20 a 90, a leitura pode ser feita também como nos numerais ordinais. O mesmo pode ser feito para múltiplos de 100, de 200 a 900. E os denominadores múltiplos de 1.000, 10.000, 100.000, 1.000.000, etc.?
Qual a frase correta: «Dois terços da população votou» ou «dois terços da população votaram»?
Obrigada.
Poderiam confirmar-me a evolução fonética de dous>dois? Houve alguma epêntese do i? É apenas um processo de regularização da escrita? É esta a minha dúvida.
Obrigado pelo vosso trabalho.
Na frase «Até meados dos anos 1980, mais de metade de todas as mulheres casadas se uniu à força de trabalho», está correto dizer «mais DE metade»?
O certo não seria «mais DA metade»?
Gostaria de saber quais são os motivos para colocar palavra mais antes do elemento ao que acompanha ou ao final da frase. Por exemplo: «escrevi mais um livro», mas «não havia muitas pessoas mais».
Li uma resposta similar, mas continuo sem entender a razão.
Muitíssimo obrigada.
Está correta a frase «A única coisa que precisamos de saber é quanta compreensão e respeito eles têm pelo caminho um do outro», ou necessitamos de colocar «A única coisa que precisamos de saber é quanta compreensão e quanto respeito eles têm pelo caminho um do outro»?
Muito obrigada.
Na frase «Na nossa escola, há muitas árvores», a palavra muitas pertence a que classe/subclasse de palavras? Diria quantificador existencial, no entanto, esta designação já não consta do Programa e Metas Curriculares de Português – Ensino Básico e Secundário. Qual a classificação atual e correta [em Portugal]?
Muito obrigada pela ajuda.
Gostaria de saber se se deve escrever por extenso, numa ata, o número de um artigo respeitante a uma lei.
Obrigada.
Pode dizer-se «duzentos cinquenta», «quinhentos cinquenta», etc., ou tem de dizer-se «duzentos e cinquenta», «quinhentos e cinquenta», etc.? Há alguma regra que explique a presença do «e» em «vinte e quatro» e a sua ausência em «vinte cinco»?
Em 2008, [foi] dada uma resposta relativamente [ao tema de] todo. Depois de ler esta resposta, continuo com dúvidas relativamente a esta questão.
Quando os determinantes significam «inteiro», em frases como «comi o frango todo» ou «comi todo o frango», a segunda opção não me soa tão bem como a primeira. Não sei se existe algum motivo para isso, mas reconheço que pode ser apenas uma questão pessoal, de uso. Porém, quando o quantificador significa «qualquer» ou «cada» (ainda que, por vezes, me custe reconhecer em algumas frases este significado), nem sempre é possível intercambiar o lugar de todo/a.
Em frases como:
1. “procurei-o por todo o lado” vs. *”procurei-o pelo lado todo” (O significado é «qualquer» ou «inteiro»?)
2. “procurei-o por toda a parte” vs. *“procurei-o pela parte toda” (O significado é «qualquer» ou «inteiro»?)
3. “todo o bebé chora” vs. “o bebé todo chora” (no segundo caso, acho que se trata de um uso adverbial, tal como em “ficou todo zangado” e não significa o mesmo).
4. “todo o médico tem a sua maneira de lidar com os doentes” vs. *o médico todo tem a sua maneira de lidar com os doentes”.
5. “toda a gente chora” vs. “a gente toda chora” (no segundo caso trata-se de um uso adverbial?)
A minha dúvida relativamente ao significado deste quantificador, particularmente quando se indica que tem a aceção de «cada» e «qualquer», também está relacionada com os exemplos dados na resposta do Ciberdúvidas em 2008. Todos os exemplos estão [no] plural. Acho que quando se usa todos/as + artigo + substantivo estamos a falar da totalidade numérica de um dado conjunto (dos elementos desse conjunto). Porém, quando se usa todo/a + artigo + substantivo o significado é de «inteiro».
Relativamente às frases 1 e 2, reconheço que os substantivos lado e parte, ao serem polissémicos, possam ocasionar estas impossibilidades. Tanto assim, que se se usar [no] plural, a expressão apresenta outro significado: «por todos os lados» em frases como «uma ilha é uma porção de terra rodeada pelo mar por todos os lados». A sensação que tenho é que o uso dos quantificadores todo/a ([no] singular), com o significado de «qualquer» ou «cada» não é tão comum na variedade de português europeu e apresenta algumas restrições na posição de todo/a.
Gostaria por favor que me esclarecessem sobre estas questões. Desde já agradeço a vossa atenção e muito obrigada pelo vosso trabalho.
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