DÚVIDAS

A construção impessoal reflexa
No segmento «Diz-se que o João é bom aluno?», a oração subordinada substantiva completiva desempenha a função de sujeito, ou complemento direto? Penso que seja de sujeito, pois o verbo que a pede tem uma partícula apassivante (= «é dito») e, por isso, o complemento nunca poderá ser direto. No entanto, quer as soluções de exercícios quer os colegas a quem coloquei a questão dizem ser complemento direto.
«O interessasse» vs. «lhe interessasse»
Tenho a seguinte dúvida: Em A Cidade e as Serras (edição da Livros do Brasil), lê-se, na página 81: «o homem do século XIX nunca poderia saborear plenamente a "delícia de viver", ele não encontrava agora forma de vida, espiritual ou social, que o interessasse.» A minha dúvida é sobre «o interessasse». Não seria mais correcto «lhe interessasse»? Ou seriam ambos aceitáveis?
Os tempos e os modos verbais (ensino básico)
Que tempos e modos verbais existem e quais se ensinam atualmente? A maioria das gramáticas não contempla tempos como o futuro do pretérito do indicativo (optando pela designação de modo condicional, tempo presente). Sinteticamente, o que se deve ensinar aos alunos? No teste intermédio de Língua Portuguesa realizado na semana passada, pedia-se que o aluno conjugasse um verbo no mais-que-perfeito do conjuntivo, mas os alunos conhecem apenas os tempos presente, pretérito imperfeito e futuro deste modo. Li alguns artigos aqui publicados, mas nenhum me pareceu explícito de forma direta e simples relativamente aos tempos e modos que devemos considerar, ainda que eu retenha a ideia de que naquilo em que a TLEBS for omissa se deve considerar as terminologias anteriormente adotadas. Assim, devo considerar a pág. 472 de Cunha e Cintra e ensinar mais do aqueles três tempos?
A regência dos verbos alertar e avisar
Antes de mais, o grande agradecimento ao site – um tira-teimas de que me socorro muitas vezes – e os parabéns! Agradeço esclarecimento sobre a regência do verbo alertar e do verbo avisar com oração completiva (a verdadeira dificuldade das regências): 1) «Eu avisei [alguém] de que/que chegaria tarde.» 2) «Os media alertaram [os idosos] para que/que/de que devem ficar em casa devido à vaga de calor.»
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