O verbo desculpar e os complementos (directo e indirecto)
Com relação à resposta n.º 12527, gostaria de um pequeno esclarecimento: como foi citado, os complementos do verbo desculpar podem ser diretos e indiretos, conforme o exemplo «desculpem-nos a nossa falha», em que «nos» é complemento indireto e «a nossa falha» é complemento direto. No final, há outro exemplo com a regência a:
«Não posso desculpar ao amigo a intromissão na minha vida.»
Nesse caso, «ao amigo» seria complemento indireto, e «a intromissão na minha vida» seria complemento direto. Poderia escrever dessa forma: «não posso desculpar o amigo à intromissão na minha vida»?
A minha dúvida é se o complemento direto e indireto pode indistintamente ser a pessoa ou o motivo do pedido de desculpa.
Muito obrigado!
Sobre a mistura de tempos verbais
É aceitável a mistura de tempos verbais em relatos históricos? Isto pode ocorrer no mesmo parágrafo? Ex.: «Para D. Pedro I, importava a independência do Brasil. Assim a corte manda vir de Portugal uma comitiva...»
A dúvida é: a mistura pode ser tão próxima assim? Pois sei que a mistura ocorre. Além disso, é só com o pretérito imperfeito que combina o presente histórico?
Obrigada.
Supervisionar e supervisionado
Como se diz: "supervisar", ou "supervisionar" o trabalho de alguém?
Quem desempenha essa função é o "supervisor". E o outro é o "supervisado", o "supervisionado", ou o "supervisionando"?
Ou será que qualquer das formas é aceitável?
Muito grata pelo esclarecimento.
«O mais tardar»
Na frase «Estou atrasado e hoje vou mais tarde pr'aí... chego o mais tardar às 17h!», como se classifica a palavra tardar? E a expressão «o mais tardar» está atestada em algum dicionário? Oiço-a e uso-a com alguma frequência, mas fico na dúvida quanto à sua validade...
Ainda os verbos compartilhar e partilhar
A título de uma dúvida, consultei a vossa base de dados e obtive a resposta n.º 7248 – Compartilhar/partilhar, respondida por M.R.L. a 12/12/2000: «Os verbos partilhar e compartilhar podem ser sinónimos quando significam tomar parte em, compartir, o que se verifica na frase que apresenta como exemplo: "Vem compartilhar/partilhar os teus conhecimentos connosco."»
A minha questão é a seguinte: existe outra possibilidade de estes verbos não serem sinónimos? E quais os seus significados?
«Esqueceu o relógio» e «Esqueceu-se do relógio»
Por favor:«Esqueceu o relógio.»«Esqueceu-se do relógio.»Entendo o primeiro caso («o relógio») como sendo objeto direto, e o segundo exemplo («do relógio») como sendo objeto indireto. Fiquei na dúvida porque li um artigo no site de vocês onde eu entendi que ambos eram objeto direto.1
Obrigada.
1 N. E.: Não encontramos o artigo que corresponda à informação a que o consulente diz ter tido acesso.
A pronúncia de acolcheto (acolchetar)
Diz-se «eu acolcheto», ou «eu acolchEtu» (E = aberto)?
O verbo dar para exprimir tempo
Devo escrever «quando deu seis horas, a rua já estava clara», ou «quando deram seis horas, a rua já estava clara»?
O emprego do verbo lembrar
Sempre tenho muitas dúvidas relativas ao emprego do verbo lembrar. Poderiam dizer-me quais das frases são agramaticais, o porquê disso, e quais seriam as alternativas corretas a substituí-las?
1. Esta canção lembra a minha infância.
2. Esta canção lembra-me a minha infância.
3. Esta canção lembra-me da minha infância.
4. Esta canção lembra você/lembra-a.
5. Esta canção lembra-me você/ lembra-ma.
6. Esta canção lembra-me de você.
E ainda, em correspondência às três últimas:
7. Esta canção lembra-te.(traz-te à minha memória)
8. Esta canção lembra-me-te. ???
9. Esta canção lembra-me de ti.
Muito obrigado!
«Pedir que» vs. «pedir para»
Li em vários jornais portugueses a notícia com o seguinte título: «Chama Olímpica: Dalai-lama pede para que não passe pelo Tibete.» «Pedir para que» é correcto? Eu diria que as hipóteses são «pedir que» ou «pedir para», mas não «pedir para que».
Obrigada pelo esclarecimento!
