«Cumprir com...»
Gostaria de saber se a expressão «cumprir com as tarefas» está correta. Considero que o uso a preposição aqui não faz sentido, mas tenho ouvido frequentemente esta expressão.
Agradeço desde já o esclarecimento.
«Candidatar-se ao lugar»
Peço, por favor, que me digam quais as funções sintáticas desempenhadas pelas palavras -se e «ao lugar» na seguinte frase:
«A Carolina candidatou-se ao lugar.»
Obrigada!
Classificação do verbo zangar-se
Na frase «o João zangou-se com o Ricardo», que subclasse de verbo temos? Transitivo indireto?
Muito obrigada.
A abertura da vogal temática dos verbos irregulares da 2.ª conjugação
Tenho certa crença nas "convulsões" de que fala Ricardo Araújo Pereira:
«Recepção escreve-se com p atrás do ç. É assim porque o p provoca uma convulsão no e – sem lhe tocar. E eu tenho alguma afeição por quem consegue fazer isso.
Ler mais aqui.
Não preciso de o dizer [...] [e] não vos pretendo, portanto, maçar mais nesse âmbito, pelo que me refiro agora ao caso do verbo poder.
a) pod<e
b) pud<e
Ora, terá o u esse venerável poder de provocar uma dessas «convulsões sem contacto» no e próximo? Para esta palavra, não nos custa listar mais um parzinho idêntico: «poder/puder»... Mas haverá fundamento linguístico para esta sugestão? E noutras palavras, há traço do fenómeno?
Agradecido.
Retificar vs. ratificar
Antes de mais, gostaria de elogiar a utilidade deste vosso projecto, que me tem ajudado bastante ao longo dos anos em que tenho vindo a estudar.
[Uma questão], que espero que me possam esclarecer: retificar e ratificar são, indiscutivelmente, palavras antónimas, ou há a possibilidade de se considerar que não o são?
Obrigado, antecipadamente, pela vossa resposta.
Tomar e o complemento oblíquo
«Tomou-o um anjo nos braços.»
Qual a função sintática de «nos braços»?
O uso causativo com o verbo apaixonar
Gostaria de saber se o verbo apaixonar, quando não pronominal, pode ter como agente uma pessoa, a saber: «O professor apaixonou a aluna.» Existe registro em nossos cânones cultos dessa construção, ou o sujeito de apaixonar, como verbo transitivo direto, é sempre uma "coisa"? Afinal, o registro de «pessoa apaixonando pessoa» faz parte do português?
Obrigado!
Importar-se (de...)
Qual o signifiado exato do verbo importar (ou será "importar-se"?) na frase seguinte: «Importava-se de me dizer onde fica ...»? Que função tem o pronome se? É sujeito? O verbo importar é pronominal? O verbo, em contextos como o do exemplo dado, tem de ser sempre acompanhado da preposição de, tal como o «gostar de»?
Obrigada.
A regência de comprazer-se
O verbo comprazer-se rege qual das preposições – a ou em («Ele compraz-se em/a humilhar os outros»)?
«Fiz uma peregrinação a Santiago de Compostela»
Na frase «fiz uma peregrinação a Santiago de Compostela», qual será a função sintática de «a Santiago de Compostela»? Pensei, inicialmente, que seria complemento oblíquo, até fazendo uma analogia com o que sucede na frase «peregrinei a Santiago de Compostela» ou «fui a Santiago de Compostela».
No entanto, tendo em consideração a presença da expressão nominal «uma viagem», que desempenha a função sintática de complemento direto, não poderíamos considerar a expressão «a Santiago de Compostela» como predicativo do complemento direto? Será gramatical a frase «Eu fi-la a Santiago de Compostela»?
Obrigada pela atenção.
