"Impartir"
Gostaria de saber se existe na língua portuguesa o verbo "impartir", cujos sinónimos são «compartilhar», «repartir», «comunicar», «revelar».
Encontrei a palavra "impartição", e, formando um verbo com esta palavra, dever-se-ia obter o verbo "impartir" na língua portuguesa, mas, infelizmente, não o consigo encontrar em nenhuma página lusófona. Por isso me derijo a vós.
Obrigado.
A sintaxe de chegar
É mais correto dizer-se «Já tenho problemas que cheguem», ou «Já tenho problemas que chegue»? Ouço frequentemente as duas formas, mas a segunda parece-me a mais correta, pois penso que o verbo chegar está aqui numa construção impessoal. E será «Já basta/bastam os problemas que tenho» um exemplo análogo da mesma regra?
Desde já, bem hajam.
«Ascender a» e «ascender para»
Relativamente ao verbo ascender + preposição a.
A dúvida surgiu quando vi o seguinte texto num documento:
«XYZ – alterada a cláusula 1 do contrato, ascendendo para técnico superior...»
Entretanto, eu e minha colega achamos que deveria ser:
«XYZ – alterada a cláusula 1 do contrato, ascendendo a técnico superior...»
Só que não sabemos explicar porque é que deveria ser a e não para.
Agradeço pela atenção.
«Considerar de»?
Quero antes parabenizá-los por este excelente sítio que, acredito, tem ajudado muitos a eliminar dúvidas de nossa língua.
Cá em meu país, nos círculos jornalísticos, tem-se criado uma série de expressões estranhas. E como apreciador do bem falar, venho expor uma dúvida.
Exemplo:
«O Sr. Governador considerou a visita de positiva», «considerou de positivo» e por aí fora.
Esse tipo de frase está, ou não, correto?
Saudações!
Aspeto habitual vs. aspeto iterativo
Gostaria que me dissessem qual a diferença entre o aspeto gramatical habitual e o iterativo. Não consigo compreender as diferenças, nomedamente porque as duas admitem situações de tempo não limitado e existem exemplos onde que não se conseguem classificar inequivocamente.
Muito obrigada pela atenção.
A sintaxe de continuar
Gostaríamos que nos ajudassem com a classificação sintática da palavra destacada na frase:
«A reunião continua amanhã.»
A nossa dúvida está entre ser modificador ou predicativo do sujeito, uma vez que o verbo continuar pede complemento direto ou predicativo do sujeito.
Aqui, cremos que amanhã não pode ser substituído por permanecer e não predica o sujeito, sendo, por isso, um modificador.
Gratas pela amabilidade.
«Alavancar a economia»
Será que a expressão «alavancar a economia» é correcta?
«Comeu-se desses biscoitos»: se indefinido
Gostaria de sanar uma dúvida sobre a construção da voz passiva sintética, tendo-se objeto direto preposicionado. Ex.:
voz ativa: «As crianças comeram desses biscoitos»;
passiva sintética: «Comeram-se os biscoitos» (correta, mas há uma sutil mudança de sentido da frase) ou «comeram-se desses biscoitos» (pode-se ter o sujeito, nessa construção, preposicionado, ou trata-se de uma construção inadequada ao padrão culto da língua portuguesa?).
Obrigado!
Uma oração de modo
«(…) concentra a ação dramática do ator (construindo alguma dessas personagens) no exercício da pregação (…).»
Gostaria de saber se a frase que se encontra entre parênteses pode ser classificada como uma oração relativa explicativa, mesmo não tendo um pronome relativo. Caso não possa, como se pode classificar?
Obrigada.
«Ter matado (e não "morto")»
É com muita frequência que se ouve nos media a expressão «ter morto». Penso haver aqui uma confusão com dois verbos, matar e morrer: «ter matado» e «ser ou estar morto». Ora, a expressão alude ao facto de ter sido morta uma pessoa, mas, neste caso, aplicando o verbo morrer, há que recorrer ao verbo ser, passando o sujeito a sujeito agente da passiva, certo? «Ter morto» está errado, sendo o correto «ter matado», não é assim?
Muito obrigada.
