Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Hugo Alexandre Rodrigues Martins Professor Brasil 1K

Na frase "A ação foi admitida pelo juiz, sendo o réu intimado logo após", é possível concluir que o constituinte "sendo o réu intimado logo após" se refere a oração reduzida de gerúndio, no caso, uma oração subordinada adverbial consecutiva em que seu verbo principal "intimar" está flexionado na voz passiva?

Seria uma oração adverbial consecutiva, uma vez que é possível desenvolvê-la da seguinte forma: "A ação foi admitida pelo juiz, de modo que o réu foi intimado logo depois."?

Grato desde já.

Lucas de Lazari Dranski Escritor Itararé, Brasil 524

Seria correto alguém se referir ao aluno de pós-graduação em sentido amplo (especialização, no Brasil) como "especializando", por analogia a mestrando e doutorando?

Grato.

Fernando Matos Professor Vila Nova de Gaia, Portugal 793

Tenho uma dúvida relacionada ao uso da forma participial imprimido.

É certo que, por ser imprimir um verbo com duplo particípio, usa-se imprimido em tempos compostos e impresso nos demais casos. No entanto, creio ter percebido uma sutileza semântica que pode alterar esse padrão de uso. Com o sentido de «estampar, fixar, gravar, tipografar», [é verdade que] o padrão se mantém. Mas, com o sentido de «conferir alguma coisa a algo ou a alguém» ou «transmitir movimento/força a algo», penso que esse padrão se modifica, como se verifica em «Foi imprimida (e não impressa) grande velocidade ao carro para o estabelecimento do recorde».

Sendo assim, gostaria de saber duas coisas:

(1) O particípio regular imprimido pode ser usado não só em tempos compostos, a depender do seu sentido?

(2) Existem outros verbos (e quais seriam) que se encaixam nesse caso?

Muito obrigado!

Renata Falcone Locutora e Estudante de Jornalismo Salvador, Brasil 507

Qual a maneira correta de escrever o nome desse município baiano, "Xique-xique" ou "Xique-Xique"?

Iolanda Peleja Aluna Portugal 778

A palavra "nadador-salvador" varia em género (nadadora-salvadora)?

No Portal da Língua Portuguesa, o termo feminino não aparece. No entanto, é indicado na Infopédia e no Priberam.

Obrigada.

Sávio Christi Ilustrador, quadrinista, escritor, pintor, letrista e poeta Vitória (Espírito Santo), Brasil 660

Beijoca: de onde vem a terminação da palavra em si?

Li em alguns dicionários impressos que é beijo + -oca ou derivação regressiva do verbo beijocar...

Mas não é assim que funciona a etimologia em casos desse tipo! Não tenho a completa razão com isso?

Por favor, muitíssimo obrigado e um grande abraço!

Fernando Bueno Engenheiro Belo Horizonte, Brasil 642

A propósito da consulta sobre o tema acima, feita por Maria Fernández, em 01/02/2022, não consegui estabelecer diferença, quanto à factualidade, entre as orações «Ainda que tenha imenso trabalho» e «Mesmo que tenha imenso trabalho».

A meu ver, podem ambas ser tomadas como hipotéticas (talvez pelo valor ambíguo citado pela consultora Carla Marques), o que já não ocorre quando se emprega a conjunção embora: «Embora tenha imenso trabalho, João vai passear (irá à praia).»

O uso dessa conjunção confere um caráter de fato real indubitável à mensagem (ele tem, de fato, um imenso trabalho a fazer). Que não o impedirá de se divertir... Esperto, esse João!

Maria Madalena Casalinho Formadora Casével, Portugal 587

Ouvi dizer «ele saboteou» o que me faz assumir que existe o verbo sabotear, senão seria «ele sabotou» de sabotar.

Poderiam esclarecer a minha dúvida?

Muito obrigada pela atenção.

Bruno Micael Fernandes Estudante Barcelos, Portugal 352

Enquanto estava a colaborar com uma imobiliária, surgiu uma dúvida linguística recorrente: qual é a forma correta?

«O imóvel fica EM Pousa» ou «O imóvel fica NA Pousa»?

Pousa é uma freguesia do concelho de Barcelos.

Existe alguma regra que deva ser aplicada em situações semelhantes?

Obrigado e bom trabalho para a equipa do Ciberdúvidas.

Alberto Sousa Estudante Porto, Portugal 641

Ao ler a frase "Proteja-se a si e aos outros" fiquei com uma dúvida. Qual a razão para usar "a si" e "aos outros"?

Na frase "Proteja-se a si e aos outros" usamos "a si" porque o pronome pessoal reflexo "si" vem acompanhado da preposição "a". Logo, dizemos "Proteja-se a si" tal como dizemos "Convido-o a si". Mas qual é a lógica da segunda parte, "proteja aos outros"? Qual é o papel da preposição "a" contraída com "os outros" neste exemplo, sabendo que "proteger" não é regido pela preposição "a"?

Compreendo que digamos "Vi-o a si ontem", para reforçar o interlocutor, mas não percebo o sentido na frase que agora aparece em muitos cartazes. É que julgo que a frase "Proteja aos outros" não faz sentido.

Parece-me mais correto dizer: "Proteja-se e proteja os outros" ou talvez "Proteja-se a si e proteja os outros". Julgo que é a mesma em "Encontrei-te a ti e aos outros", pelo que deduzo que "a mim/ti/si e aos outros" seja uma fórmula que não depende do verbo que a antecede.

Obrigado pelo esclarecimento!