Minhas dúvidas estão em volta de uma coisa que foi me ensinada no ensino fundamental e que eu diversas vezes presenciei: que, quando numa sala cheia de "garotas" e com somente um "garoto", os termos corretos a se dizer são sempre no masculino, por ex., «todos vocês».
Logo, se há mais de um gênero de pessoas num mesmo espaço, é obrigação do enunciador dizer os termos em masculino.
Isso não implica que o gênero masculino é também, em determinadas circunstâncias, o termo neutro da língua portuguesa?
Logo, mesmo me referindo a um grupo formado somente por não-binários e mulheres, o correto termo a usar é “eles”.
Então, o termo neutro da língua portuguesa, (pelo que eu entendo ser o “elus”), só pode ser usado para se referir a um grupo de não-binários, e não a todos os gêneros que forma o espectro?
Seria tudo isso correto, ou o uso do masculino, quando se fala com o público geral, é só um sinal do machismo/misoginia na língua portuguesa?
Gostaria de esclarecer a forma correta de escrita/leitura:
«O serviço funciona aos dias úteis, das 9h às 18h» ou «O serviço funciona nos dias úteis, das 9h às 18h»?
Obrigada pela atenção e disponibilidade.
Se o verbo intransitivo fala só por si, porque na frase «A Alda caminhou muito» dizem que é verbo intransitivo, mas tem um complemento – muito?
Agradeço a vossa explicação.
Gostaria de saber como é que a pronúncia do "e" átono, que era pronunciado como "i", passou a ser pronunciado como /ɨ/.
Também gostaria de saber se esse é um fenómeno que ocorre com todos os is átonos, e não somente os que derivam dum "e" átono.
Em galego-português, ou até mesmo no período pré-clássico, o "e" átono era registrado, na escrita, como um "i", devido a harmonização vocálica, processo que ainda acontece no Brasil, como é possível observar em palavras como "pepino" antes também escrita como "pipino", e até mesmo quando eram nasais, como em "mentir" (mintir), "mentira" (mintira), "ensinar" (insinar), que aparecem escritas assim até em Os Lusíadas.
Sempre me pergunto como é que uma mudança tão grande como essa foi "desfeita", e o "e" que tinha passado para um "i" é agora um "ɨ", e no caso das nasais, voltou a ser pronunciado como "e".
Já ouvi vários professores de Português para estrangeiros explicarem que o R carregado é gutural e comparam-no com o castelhano dizendo que este não o é. Inclusive tenho visto videos no YouTube a exemplificarem como se deve pronunciar o tal erre gutural.
Também uma minha professora de inglês que dava aulas de português para estrangeiros me explicou que muitos dos seus alunos não conseguiam fazer o tal erre (gutural). Ou seja, ela ensinava esse erre como o R português de referência.
Para mim esse erre é um regionalismo que tem crescido em Lisboa e nos meios de comunicação social. Para mim o R é alveolar. Estou errada?
Obrigada
Como se escreve a modalidade esportiva Fórmula 1 em narrativas? Há alguma regra específica de estilo sobre isso?
O correto é "fórmula um", com letra minúscula e o número por extenso por se tratar de algarismo inferior a dez e não terminado em zero?
Ou por ser uma modalidade esportiva conforme comentado, admite-se usar "Fórmula 1", com letra maiúscula e o algarismo?
Agradeço desde já o retorno e atenção!
Em conversa com alguns colegas surgiu a seguinte dúvida: pode dizer-se «continente australiano», ou deve dizer-se «Oceânia»?
O que são estrofes simétricas? Em Ricardo Reis podem dar-me exemplos?
Obrigada.
Gostava de saber se existia pleonasmo na seguinte expressão «banquete pantagruélico».
Grato.
Gostaria de saber o significado do seguinte proverbio: «três vezes na cadeia é sinal de forca».
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