Na frase «siga até à estrada alcatroada», o verbo seguir deve ser considerado principal intransitivo (e «até à estrada alcatroada», modificador do grupo verbal), pois poderíamos dizer «Siga», «Siga depois», «Siga pela estrada alcatroada»?
Muito obrigada.
Gostaria de saber qual a função sintática do constituinte «na faculdade», na frase «Ele anda na faculdade». Pelo facto de o verbo andar, no contexto, poder ser substituído por estar, deve ser classificado como copulativo?
Antecipadamente, muito obrigado pela resposta.
Na frase «este percurso pedestre começa num miradouro», o verbo começar deve ser considerado principal transitivo indireto (e «num miradouro», complemento oblíquo), já que, se disséssemos «este percurso pedestre começa agora», estaríamos a transmitir outra ideia (nesta última frase começar seria verbo principal intransitivo e agora, modificador do grupo verbal)?
Muito obrigada.
Na loja online onde trabalho estão sempre a usar expressões como «envios gratuitos para encomendas superiores a x» ou «aproveite já milhares de produtos com envios gratuitos», contudo isto soa-me muito mal.
Acredito que não seja errado usar o plural das duas palavras «envios gratuitos», mas soa-me melhor dizer «envio gratuito para encomendas superiores a x» ou «aproveite já milhares de produtos com envio gratuito».
Fui pesquisar grandes marcas na área e maior parte usa as duas palavras, no singular, nestas e em expressões similares a esta. Alguém me pode ajudar neste sentido?
Obrigado
Conforme a gramática, os verbos repensar e pensar pedem a preposição em:
«Pensei no problema.»
«Repensei no caso.»
Mas tenho visto a omissão da preposição em frases como:
«Vamos repensar o mundo.»
«A iniciativa é repensar o que deve ser mudado.»
«Vamos repensar o nosso vocabulário?»
«É preciso repensar o sistema educacional.»
«É necessário pensar o mundo.»
Então a minha pergunta é: a regência verbal nesses casos está correta, por conta do sentido do verbo repensar nessas frases, ou o correto seria pôr a preposição "em"?
Muito obrigada pela atenção e pelos preciosos esclarecimentos de sempre!
Na expressão «hipocrisia tão santa», retirada do cap. V do Sermão de Santo António aos Peixes [do Padre António Vieira], está presente uma ironia?
Se sim, porquê?
Quando nos referimos à palavra família, no caso abaixo, pode-se usar o masculino (para eles), como por exemplo: «Cuidamos de nossa família e fazemos questão de protegê-la. Sabemos que, para eles, é importante nos ver com saúde […]»?
Estava a assistir a um vídeo na rede sobre o dialeto de Açores e vi que eles, assim como o Brasil, cortam o erre do infinitivo, ou seja, eles falam "amá(r)", "comê(r)", "ri(r)".
O que me fez perguntar o quanto parecido de Portugal o Brasil é.
Lembrei de outras questões, como por exemplo alguns brasileiros usarem o pronome pessoal de caso reto ele como se fosse de caso oblíquo.
Daí a pergunta: qual dialeto de Portugal se assemelha mais ao português do Brasil?
Na resposta "Adjetivos qualificativos vs. adjetivos relacionais", Ana Martins afirma que os adjetivos relacionais ocupam posição pós-nominal (depreende-se que seja sempre) e dá como exemplo "monocromático".
Ora, no conhecido filme de animação Madagáscar, um dos pinguins refere-se à zebra como "meu monocromático amigo". Isto estará errado?
Por outro lado, na mesma resposta diz-se que os adjetivos relacionais não são graduáveis. Então, não é correto considerar que um enredo é "kafkianíssimo"?
A resposta citada refere, ainda, que os adjetivos relacionais não podem ocorrer em posição predicativa, o que me espanta, pois é possível dizer que "um jornal é diário ou semanal". Ou não estão os adjetivos diário e semanal, neste caso, em posição predicativa? Finalmente, esclarece-se que os adjetivos relacionais não têm antónimos. No entanto, podemos considerar que policromático é o antónimo de monocromático... ou não?
Não pretendo pôr em causa a resposta fornecida, mas resolver a minha dificuldade em distinguir os adjetivos relacionais dos qualificativos!
Grata pela vossa atenção e parabéns pelo excelente e meritório trabalho!
Gostaria de saber quais os termos que melhor traduzem as palavras inglesas mute e unmute, no contexto da informática e não só.
O primeiro penso que é fácil – silenciar, palavra curta e objetiva.
Já o segundo me causa problemas – "dessilenciar" (ou semelhante) não existe, e «tirar do silêncio» acaba por ser comprido, o que não é muito desejável no contexto de interfaces gráficas em programas informáticos.
Já pensei na dupla desativar/ativar, mas não sei se será uma boa opção.
Obrigado.
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