Por favor, eu gostaria de sanar uma dúvida sobre teoria da comunicação.
Eu estava estudando esse assunto e me deparei com o seguinte conceito sobre comunicação:
«É um processo que envolve a troca ou compartilhamento de IDEIAS entre 2 ou mais interlocutores por meio de signos (verbais ou não verbais), regras semióticas convencionadas e mutuamente entendíveis."
Desculpe se parecerem óbvios os questionamentos abaixo:
Um "bate-boca" entre pessoas no qual há ocorrência de palavras vulgares é considerado comunicação? Uma "conversa fiada" idem?
O motivo dessa minha dúvida é que eu tenho para mim que o significado de ideias se refere a algo mais intelectualizado, mais pensado teorizado e afins, uma vez que palavras obscenas e conversa fiada nada teriam a ver com intelectualidades, teorizações, pois parte de uma situação mais espontânea, que não passou por uma reflexão dos interlocutores. Entendem minha dúvida?
Um YouTuber disse uma vez: «Pessoas intelectuais falam sobre IDEIAS e pessoas INCULTAS falam sobre pessoas.»
Fiquei pensando sobre isso...
Desde já, obrigado a vocês!
Podiam esclarecer se a resposta dada em "O relativo quem e a preposição a" está em contraste com o que já se tinha dito na resposta "O emprego dos relativos que e quem" (26/09/2018, ponto iii), no qual se diz que «quem não pode ter a função de sujeito, nem complemento direito»?
Segundo o primeiro documento, quem pode ter qualquer destas funções, como podemos ver nos exemplos 4 e 5 ali.
Como é que é possível que a frase «Sei quem a Rita encontrou no cinema» esteja correta, enquanto a frase «Chegou o rapaz quem conheci» é gramatical?
Será forma correta se removermos «o rapaz» e dissermos «Chegou quem conheci»?
Quando falamos nas ordens sociais – clero, nobreza e povo –, poderemos considerá-los nomes comuns (conceitos) ou nomes coletivos?
Se coletivos, povo é um conjunto de quê? A dúvida surgiu-me ao colocar a hipótese de ser tratar de pessoas, já que o clero e a nobreza também são constituídos por pessoas, embora com títulos específicos.
A cor deve escrever-se com hífen ("cinza-rato") ou sem hífen ("cinza rato")?
A expressão temporal «até então» pode, modernamente, ter como equivalente também «até agora»?
À luz da tradição gramatical, então, nesse tipo de contexto, se refere a tempo passado, mas, no Brasil, é muito comum esse outro tipo de registro.
Em Portugal, comportamento semelhante talvez indique mudança em curso, não?
Obrigado.
A grafia correta é "co-plantação" ou "coplantação"?
Examine-se este excerto evangélico:
«Então o pai reconheceu ser precisamente aquela a hora em que Jesus lhe dissera 'o teu filho vive'; e creu, ele e todos os de sua casa.»
Qual a razão do uso da vírgula após a palavra creu?
Acrescento que, embora o sujeito não esteja em posição canônica, sendo ele imediatamente posposto ao verbo, não demandaria vírgula, a exemplo de «Partiu o motorista e os passageiros em meio a uma terrível tempestade», «Receberam o candidato e seu professor os aplausos mais calorosos».
Obrigado.
Existe a palavra regressível? Não encontro referência dela nos vários dicionários que consultei.
Obrigado.
Uma pergunta muito concreta: devemos dizer «o médico está de estetoscópio no pescoço» ou «o médico está de estetoscópio ao pescoço»? Qual o critério de escolha, nestes casos, entre «ao» e «no»?
Eu tinha de fazer essa pergunta a vocês antes, porém não me foi possível, então faço a vocês agora.
A consultora Carla Marques respondeu a um consulente a respeito do verbo alcançar, presente na obra de Machado de Assis O Alienista. Confesso que, depois da explicação dela, fiquei confuso, pois não consegui compreender a construção em outras situações: «[…] não podendo el-rei alcançar dele que ficasse em Coimbra, [… ]» (Machado de Assis, O Alienista)
Leve em consideração a seguinte exposição:
1.º Se se trata do verbo alcançar como transitivo direto e indireto (conforme foi apontado por Carla Marques), por que o pronome dele parece exercer a função de sujeito de «ficasse em Coimbra», quando na verdade tal exerce função de objeto indireto? Assim sendo, é como se a frase pudesse ser estruturada do seguinte modo: «… não podendo el-rei alcançar de que ele ficasse em Coimbra…».
2.º Se eu estiver errado a respeito da observação do pronome como sujeito, então seriam permitidas as construções do tipo: «… não podendo el-rei alcançar de mim/ti que ficasse/ficasses em Coimbra…»
3.º Mas, se eu estiver certo na minha observação do referido pronome como sujeito, então permitidas seriam tais construções: «… não podendo el-rei alcançar de eu/tu que ficasse/ficasses em Coimbra…» Ou: «… não podendo el-rei alcançar de que eu/tu ficasse/ficasses em Coimbra…»? Se sim, por quê?
4.º A frase de Machado de Assis poderia escrever-se no modo reduzido assim: «… não podendo el-rei alcançar de ele que ter ficado em Coimbra…»?
5.º Seria correto substituir o verbo alcançar pelos verbos conseguir e obter (já que o dicionário Aurélio as apresenta como sinônimas) na frase original de Machado de Assis: «… não podendo el-rei conseguir/obter dele que ficasse em Coimbra…»?
Desculpem-me por minha exposição ser tão extensa.
Desde já, meu muitíssimo obrigado.
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