A mudança das formas de tratamento
Pode parecer desajustado, mas antes de colocar a questão que me leva a dirigir-me ao vosso "sábio conhecimento" gostaria de salvaguardar qualquer ideia de elitismo, ou outro "ismo" que possa estar relacionado com separação de classes.
Então "é assim" (expressão mais na moda, não há!):
Ultimamente, com tanta tecnologia à minha volta, sou forçada a recorrer frequentemente aos serviços de apoio ao cliente. Sou atendida por vozes jovens, simpáticas, vozes com paciência e vontade de resolver os nossos problemas de internet, telemóvel, etc., etc.
Estes jovens têm certamente um período de formação, durante o qual lhes são ensinadas certamente normas de tratamento, bem como a personalização máxima, o que acontece quando nos perguntam logo, logo, o nome. Mas não me soa bem quando tratam por Senhora Maria, Senhora Clara, em vez do vulgar Senhora, sem nome à frente. Os homens também são tratados por Senhor (primeiro nome) + ( apelido). Ora acontece que o nosso hábito é ouvir apenas o apelido, ou, tratando-se de um nome conhecido então o nome contendo o apelido ou mesmo apelidos.
Por exemplo, o Senhor Vasco Valente pode não ser o cronista do DN. O Senhor João Bom pode não ser o coordenador do Ciberdúvidas. O senhor António Antunes pode não ter escrito tanto, ou, olhando para a minha estante, o Senhor José Ferreira nunca passou por Choraquelogobebes.
