Trata-se de topónimo não registado na principal obra de referência no domínio da história da onomástica portuguesa, o Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa, de José Pedro Machado. Contudo, tendo em conta que o nome exibe o sufixo -al, usado «em vocábulos com o sentido de "colectivo de determinada planta, árvore etc."», é possível identificar um radical gatanh-, que ocorre na palavra gatanho, segundo o Grande Dicionário da Língua Portuguesa (do mesmo autor), regionalismo da Bairrada (Centro de Portugal), com o significado de «espécie de tojo, que também se chama tojo gatão», e também usado como designação de uma «variedade de milho». Convém acrescentar que o Dicionário de Expressões Populares Portuguesas (Lisboa, Edições D. Quixote, 1993), de Guilherme Augusto Simões, tem entrada para gatanho ou tojo-gatos, cujo uso se atribui à zona de Vila do Conde (Norte de Portugal). Gatanhal será, portanto, o mesmo que «lugar onde abunda o gatanho».
De assinalar ainda que na obra de G. A. Simões se acolhe a forma gatenho, que pode ser homófona de gatanho, nas acepções de «[terreno] que está de pousio; inculto; não semeado; que produz pouco» (na Beira) e de «milho cujas espigas estão rentes ao chão» (no Alentejo). Finalmente, diga-se que consultas na Internet indicam a ocorrência do topónimo em apreço — sob a grafia Gatañal — também na Galiza, nas províncias de Pontevedra e da Corunha (cf. página Toponimia de Galicia da Junta da Galiza).