O verbo amar é um daqueles cujo complemento [ou objecto] directo pode vir antecedido da preposição, como em «Amo a Deus». Por outro lado, o complemento directo pode, por vezes, ser repetido com preposição mesmo nos verbos que, numa construção canónica, não aceitam a presença de preposição antes do complemento. Veja-se a frase «Te amo a ti, não ao teu irmão» (em Portugal seria «Amo-te a ti, não ao teu irmão»; ou «Vejo-te a ti, não à Maria». Na frase «Te amo, mais que ao teu irmão», embora não esteja presente o reforço «a ti», a construção subjacente é esta, e é ela que permite justificar a presença da preposição. Embora seja possível a construção sem a preposição, creio que ela seria, pelo menos em Portugal, considerada marginal ou pouco comum.