Há uma ténue diferença interpretativa entre as frases: «Vamos passear pelo parque» e «Vamos passear no parque».
A verdade é que, nas frases, as duas preposições – por e em – marcam a localização do movimento (passear). O mais comum, nestes casos, é o uso da preposição em (cf. Gramática do Português, Fundação Calouste Gulbenkian, vol. II, p. 1519): «vamos passear no parque».
Quanto ao uso da preposição por, a diferença reside no valor mais dinâmico que é sugerido1. Quer-se com isto dizer que, apesar de ambas as preposições situarem no espaço o passeio, «pelo parque» tem um valor mais dinâmico, sugerindo a passagem por vários pontos do parque.
1 Segundo Celso Cunha e Lindley Cintra (Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa, Edições João Sã da Costa, 1984, p. 569), a preposição por marca a noção de movimento como «percurso de uma extensão entre limites» no espaço. Exemplo (ibidem): «Pela quinta, ia um movimento desabitual» (Carlos Oliveira, Casa na Duna).