Processos de coesão, correferência não anafórica
Quais são os processos de coesão?
Ainda se fala de correferência não anafórica?
Obrigada.
Quais são os processos de coesão?
Ainda se fala de correferência não anafórica?
Obrigada.
A coesão assenta ou em processos lexicais ou em processos gramaticais.
No contexto de ensino-aprendizagem, considera-se, no âmbito da coesão gramatical, a coesão referencial, a coesão temporal e a coesão interfrásica. No âmbito lexical, considera-se a coesão lexical.
A anáfora é um dos processos que são colocados ao serviço da construção da coesão textual. A anáfora desenvolve-se com base na criação de cadeias referenciais que assentam na relação semântica existente entre palavras de um texto. De acordo com Lopes e Carapinha1, há três tipos de anáfora, a saber:
(i) anáfora direta (ou correferencial), que se subdivide em anáfora pronominal, anáfora zero, anáfora nominal por repetição (ou total) ou por substituição (ou parcial), e anáfora adverbial;
(ii) anáfora associativa (ou anáfora indireta ou não correferencial);
(iii) outras anáforas discursivas, como nominalização resumptiva, pronominalização resumptiva e adverbialização resumptiva.
Nas Aprendizagens Essenciais para o ensino secundário2, não se especifica quais os tipos de anáfora que deverão ser estudados em sala de aula, apenas se indicando que a anáfora deve ser estudada como um processo ao serviço da coesão, pelo que, por defeito, será possível abordar os três tipos acima referidos. Recorde-se, por fim, que a anáfora não correferencial é construída por meio de expressões nominais definidas ou por pronomes que são interpretados referencialmente sem que exista um antecedente no texto.
Disponha sempre!
1. Lopes e Carapinha. Texto, coesão e coerência. Almedina, 2013.
2. Documento de referência curricular que orienta a disciplina de português no ensino secundário em Portugal.