A semiose é um termo que foi introduzido pelo filósofo e matemático norte-americano Charles Sanders Peirce (1839-1914) para designar o processo de significação e a produção de significados, ou seja, a maneira como os seres humanos usam «um signo, seu objeto (ou conteúdo) e sua interpretação»1. Por outro lado, a semiótica é o estudo dos símbolos e da semiose, que estuda todos os fenómenos culturais como se fossem sistemas sígnicos, isto é, sistemas de significação.
1 No E-Dicionário de Termos Literários (organizado e coordenado Ceia; consultado em 22/09/2016), o artigo correspondente à entrada semiótica cita uma passagem de Umberto Eco (Sobre os espelhos, 1989, p. 11, nota), a que não é estranha alguma ironia: «[A] semiose é o fenômeno típico dos seres humanos (e, segundo alguns, também dos anjos e dos animais), pelo qual – como diz Peirce – entram em jogo um signo, seu objeto (o conteúdo) e sua interpretação. A semiótica é a reflexão teórica sobre o que seja semiose. Em conseqüência, o semiótico é aquele que nunca sabe o que seja semiose, mas está disposto a apostar sua vida no fato de que ela existe.»