Sobre a sequência «... e mas»
Eu gostaria de saber se há algum respaldo da gramática prescritiva para a combinação de duas conjunções (e + mas).
Encontrei isso num verso de Gonçalves Dias: «Nem tão alta cortesia / Vi eu jamais praticada / Entre os Tupis,– e mas foram / Senhores em gentileza.» (I-Juca-Pirama, VII).
Também encontrei outros exemplos:
1. «A ameaça rugiu-lhe no coração e mas a cólera cedeu à angústia e ele sentiu na face alguma cousa semelhante a uma lágrima.» (Helena – Machado de Assis);
2. «Ele aqui abriu a carteira com ares de ricaço, tirou umas notas e mas quis meter nas mãos, dizendo […]» (Paulo – Bruno Seabra).
Seria uma forma mais rara de dizer «…e, no entanto, […]»?
Obrigado.