Com os substantivos, ou nomes, próprios o determinante mais usual é o artigo definido. A sua utilização, porém, nem sempre obedece a uma regra única e generalizada. Acresce ainda o facto de, eventualmente, haver, aqui e ali, diferenças entre o uso do artigo em Portugal e no Brasil.
Referir-me-ei a alguns aspectos do uso do artigo com os nomes de pessoas e com os nomes geográficos.
Nomes de pessoas:
Usa-se o artigo, veiculando uma ideia de proximidade ou de efectividade, como em: «Viste o João?». Com personagens consagradas não se utiliza artigo: «Este livro é de Machado de Assis».
Nomes geográficos:
Usa-se artigo com nomes de países, regiões, continentes, montanhas, vulcões, desertos, constelações, rios, desertos, constelações, lagos, oceanos, mares e grupos de ilhas. No entanto, há muitos países que se usam sem artigo: Angola, Cabo Verde, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor, etc. Outros há, que aceitam as duas situações, como Espanha e França. No Brasil alguns estados não levam artigo: Alagoas, Mato Grosso, Minas Gerais, Santa Catarina, São Paulo, Pernambuco e Sergipe.
Não se usa artigo com nomes de cidades a não ser que estes nomes provenham de nomes comuns. Por isso dizemos «Lisboa», mas «o Porto», «a Bahia». Curiosamente, dizemos «Faro», sem artigo. Também «o Recife», segundo nos diz Bechara, na Moderna Gramática Portuguesa, Rio de Janeiro, Editora Lucerna, 2001, página 155, começa a ocorrer sem artigo.