O transcendentalismo de que se fala a propósito de simbolismo é o gosto dessa corrente literária por «qualquer doutrina que eleja métodos não racionais (intuição, fé, revelação, etc.) como vias prioritárias para a obtenção de conhecimento» (dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora). Por "transcendentalismo" também se entendem duas correntes filosóficas (Dicionário Houaiss): 1. «doutrina mística e filosófica oitocentista difundida esp[ecialmente] pelo poeta norte-americano Ralph Waldo Emerson (1803-1882), caracterizada pela afirmação de uma unidade primordial e panteística do universo, e pela supremacia da intuição sobre o racionalismo na busca da verdade»; 2. «doutrina concebida pelo filósofo alemão Immanuel Kant (1724-1804) e desenvolvida por inúmeros epígonos e seguidores, que se estrutura em torno da investigação das formas e conceitos apriorísticos da consciência humana; idealismo transcendental».
Geralmente, na poesia simbolista, o transcendentalismo como atitude transparece no uso de substantivos escritos com inicial maiúscula, como que a evocar realidades de um mundo imaterial, povoado de entidades vagas ou misteriosas. Por exemplo, na poesia simbolista são frequentes palavras como alma, luz, névoa, neblina, branco ou abismo.