Gostaria de saber se há anacoluto na frase «As pernas parecia que tinham desaprendido de andar». Para o gramático Domingos Paschoal Cegalla, o anacoluto «é a quebra ou interrupção do fio da frase, ficando termos sintaticamente desligados do resto do período, sem função». Na minha avaliação, não há, na frase apresentada, nenhum termo desligado sintaticamente. Na frase haveria um hipérbato e não propriamente um anacoluto.
Muito grato.
Como se identifica o discurso hiperbolizado na publicidade?
Gostaria de saber que figura de retórica/tropo se encontra nesta frase:
«O castigo deveria ser pesado e ter o braço longo.»
Considero que não se trata de uma simples personificação, mas que se poderá ali encontrar uma metáfora, tendo em conta a dimensão semântica que se pretende atingir.
Obrigada pela atenção.
Peço desculpa pelo exemplo que vou dar (retirado de uma quadra escatológica tradicional que se podia antigamente encontrar rabiscada nas paredes de qualquer quarto de banho de café da cidade do Porto), mas, de momento, não me ocorre nenhum exemplo retirado de escritas literárias mais elevadas. Reza assim a tal quadra:
«A cagar puxei um cigarro,
A cagar o acendi,
A cagar o fumei todo,
A fumar caguei para ti.»
Agora, a minha dúvida: como se chama a figura de estilo presente nos últimos dois versos da quadra, com a inversão dos verbos cagar e fumar: «a cagar fumei», «a fumar caguei»?
Muito obrigado e, mais uma vez, o meu pedido de desculpas pelo exemplo escatológico que dou. Se bem me lembro, este era um recurso estilístico comum no Padre António Vieira, mas não dispunha à mão de nenhuma colectânea das suas obras.
Nesta frase, «O ladrão entrou em casa, saltou-lhe o cão, bufou-lhe o gato, tropeçou no rato, caiu no chão», qual é o recurso expressivo?
Muito obrigada.
Qual a figura de estilo presente na expressão «havia que ser fiel» na frase «Mas tinha de ser na noite seguinte, esta já estava tomada pela Mausi, havia que ser fiel, uma verdade de palavra do Porto.»
Porque é que Fernando Pessoa (ortónimo) afirma que «fingir é conhecer-me»?
Na frase «Vomita já essa história toda...», a expressão «vomita» pode ser considerada uma hipérbole, ou é uma metáfora?
Após ler os vários artigos sobre o uso da «dupla negação» em português, gostava de solicitar a análise da mesma nos três primeiros versos da Tabacaria, de Álvaro de Campos («Não sou nada/Nunca serei nada/Não posso querer ser nada»).
Antecipadamente grato.
Nos versos «Os seus irmãos construindo vilas e cidades/Cimentando-as com o seu sangue», qual é a figura de estilo presente? Estou na dúvida entre metáfora ou hipérbole.
Obrigada.
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