Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Tema: Pragmática
Rafael Batista Digitador Fortaleza, Brasil 4K

Algumas expressões aparecem entre vírgulas, nos textos. Mas essas expressões não alteram o sentido do texto no qual estão — as expressões — inseridas.

Como, por exemplo: «Algumas informações são arquivadas de uma forma privilegiada, dependendo, é claro, do volume emocional.»

Sobre o termo «é claro», como posso chamá-lo? Refiro-me num contexto geral, com relação, é claro, a todas as expressões que possam estar no mesmo lugar do termo «é claro» em outras orações. Como são chamados esses termos que, quando eliminados, não alteram o sentido da oração, e sempre aparecem entre vírgulas?

Maria Duarte Professora Lisboa, Portugal 13K

Verifiquei que formulei mal a pergunta que coloquei anteriormente. As dúvidas são as seguintes:

1. Qual a diferença entre a conjunção coordenativa explicativa pois e a conjunção coordenativa conclusiva pois?

2. Pois pode também ser uma conjunção subordinativa causal?

3. Porque pode ser considerada uma conjunção coordenativa explicativa? Se sim, em que medida é diferente da conjunção subordinativa causal porque?

4. Encontrei uma explicação, segundo a qual a diferença entre uma coordenativa explicativa e uma subordinativa causal estaria no verbo, sendo que, quando este estiver no imperativo, a conjunção será do 1.º tipo (por exemplo: «Fecha a porta, porque faz frio»). Confirmam-no?

Ana A. Estudante Aveiro, Portugal 5K

É incorrecto eu dizer «Eu quase que jurava que existem outras marcas de roupa», ou teria de dizer «Eu quase que juro que existem outras marcas de roupa»?

Rainey F. Ribeiro de Sousa Funcionário público Parauapebas, Brasil 26K

Sempre vejo a  RTP Internacional de Portugal, leio vários jornais de Portugal. Observei que os portugueses não usam a preposição em antes dos demonstrativos estes, estas, esse, essa, isso, já bem usadas no Brasil. Será que obedece à gramática normativa usar ou não usar a preposição em + pronome?

Exemplos:

Brasil: «O candidato vai dar entrevista nesta semana.»

Portugal: «O candidato vai dar entrevista esta semana.»

Mônica Paiva Auxiliar administrativa São Paulo, Brasil 2K

O que é o campo do enunciado?

Marcénia Paulo Bibliotecária Nampula, Moçambique 8K

«Veja o menino bonito que tu me saíste.»

Estabeleça as diferenças existentes entre significado frásico e significado do enunciado.

João Miguel Cardo Estudante Lisboa, Portugal 14K

Agradecia que me fosse explicado o valor e, ou, a função de pois, habitualmente classificada como conjunção coordenativa explicativa (ou conclusiva) no excerto que a seguir transcrevo. É um «bordão» ou uma «deslocação para efeitos de ênfase»?

«25 de Abril (Sábado). Ontem fui arrancar um dente. [...] Depois foi a tarde inteira a pôr gelo na cara [...]

Mas hoje é dia de festa cívica e é indecente queixar-me. Pois. A revolução já é maior. Faz hoje 18 anos. [...]»

Vergílio Ferreira, Conta-correnteNova série IV, Lisboa, Livraria Bertrand, 1994.

Ana Roque Estudante Beja, Portugal 3K

Qual o acto ilocutório presente na frase «E pedi, mais que tudo, uma coisa que eu costumo pedir aos meus alunos: lealdade»?

Paulo Aimoré Oliveira Barros Servidor federal Garanhuns, Brasil 7K

De uns tempos para cá tenho notado a incidência cada vez mais abundante de expressões como «Você é a coisa mais linda», «Deus deve ser a coisa mais importante de sua vida» etc. Creio que são modos descabidos de dizer, uma vez que nós, as pessoas, não somos coisas. Sou de opinião que a palavra coisa, nessas e quejandas expressões, deve ser substituída pelo vocábulo pessoa. Comunga o Ciberdúvidas com meu pensamento?

Muito grato!

Tiago Peixoto Estudante Ponta Delgada, Portugal 5K

As frases ilocutórias declarativas podem ser ditas por qualquer pessoa que tenha poder para tal. No caso de estarmos a falar de um seminário, os professores padres têm o poder de dar uma ordem aos seus alunos; ex.: declaro recolher obrigatório a partir das 21 h!

A minha dúvida reside em saber se este exemplo está correcto.