Queria que me ajudassem a respeito dos significados dos seguintes provérbios: «Quem o alheio veste na praça o despe», «Quem não tenta não inventa», «Quem não tem força não levanta peso», «Quem não se dá com os seus não se dá com ninguém», «Quem não se contenta com o pouco o muito não apanha».
Obrigada.
Estou aqui a estudar o Memorial do Convento [de José Saramago] e deparei-me com a expressão «porque pagamos com língua de palmo e a vida palmo a palmo».
Alguém poderia ter a gentileza de me ajudar a descodificar tais palavras?
Gostaria de saber, se possível, qual é a origem da expressão «sabe muito, mas anda a pé»: de que região/local, época e qual o significado original.
Obrigada desde já, e continuação de um bom trabalho.
Gostaria de saber qual o significado da expressão «o tempo é luxo que a nossa vida não só desrespeita como desmerece».
Qual o significado do provérbio «A pera, quando madura, há de cair»?
Confesso que, até ouvir esse reparo de alguém, eu também usava a expressão «dois pesos e duas medidas».
Segundo esse reparo, trata-se de uma corruptela retórica, pois o correto será «um peso e duas medidas».
Trata-se-ia do mesmo tipo de deturpação que aconteceu com a expressão «fala mal e parcamente» (generalizadamente confundida com «fala mal e porcamente», como se recordava recentemente aqui no Ciberdúvidas).
É mesmo assim?
No outro dia, em conversa com pessoa conhecida, citaram-me esta expressão idiomática, da qual não sei o seu significado correto: «Há mais marés do que marinheiros.» Podiam-me dizer o que é que isto significa, se possível indicando situações onde esta mesma expressão idomática é utilizada?
Obrigado e votos de continuação do vosso excelente trabalho em defesa e salvaguarda da língua portuguesa.
Certa vez ouvi uma história a respeito de um rei português que certo dia, por altura de uma festa, mandou fazer uns bolos num convento. Como os bolos eram muitos e não havia farinha que chegasse, juntaram palha moída. O rei, sem saber, comeu os bolos e achou-os bons. Depois, mais tarde, veio a saber como tinham sido feitos e que o pasteleiro andava a dizer que «todo o burro come a palha, a questão é saber dar-lha».
Queria saber, se possível, a história completa e o nome do rei.
Desde já fico agradecido.
Gostaria de saber o significado dos seguintes provérbios:
«Ano de ameixas, ano de queixas.»
«A campo fraco, lavrador forte.»
«Mais vale lavrar o nosso ao longe que o alheio perto.»
«A boa fazenda nunca fica por vender.»
«Cada um colhe segundo semeia.»
Nesta entrada respondida pela Edite Prada (que agradeço a sua muito boa explicação e introdução à obra!) lia-se que o nome da aldeia do livro «assenta nas características inusitadas da aldeia. Se, cantando, a garganta pode secar, e beber poder ser considerado uma recompensa, chorando tal não acontece, e beber torna-se desnecessário». Permitam-me discordar. Acho que beber não se tornará assim tão desnecessário, à partida (sinto-me agora como quando estava no secundário, quando me entediava com todas as significações que se dava a todas a vírgulas de Os Lusíadas e outras obras. Mas agora sou eu que estou a "alinhar" neste papel).
Discordo desta última parte e pergunto-vos:
– Não terá esta alteração somente o propósito de assentar o provérbio nas características da aldeia? Porque, no mesmo tom humorístico... sarcástico... hum..., até, se calhar, irónico da obra, se, cantando, a garganta pode secar, e beber pode ser considerado uma recompensa; chorando, uma pessoa desidrata e, bebendo, compensa a perda de líquidos, "por isso, chorem, chorem, seus choramingões, e continuem na vossa melancolia, que, bebendo, isso passa". Ou, até, se beberem álcool, seria mais um "chorem, chorem, que depois a pinga vos animará".
Não seria mais esta a ideia?
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