DÚVIDAS

Complemento circunstancial vs. complemento oblíquo/modificador
Comentário sobre o desaparecimento da terminologia do conceito de circunstância: — ao ser substituído o conceito de circunstância, inviabiliza-se o estudo paralelo e complementar entre o sentido do texto e os mecanismos linguísticos que o servem, empobrecendo e reduzindo a uma categoria meramente linguística a análise da frase; — inviabiliza um estudo diacrónico da língua. Ex.: «O rapaz está na praia»: pela terminologia tradicional, «na praia» seria complemento circunstancial de lugar onde, que correspondia no latim a in + ablativo. Na evolução do latim para o português, operou-se a simplificação sintáctica, anulando a declinação, passando-se para uma língua analítica, introduzindo o artigo definido, que o latim desconhecia – in = em + artigo feminino = na. Gostaria que me esclarecessem sobre quais as vantagens metodológicas da nova terminologia, bem como quais os pressupostos linguísticos e de filosofia da linguagem que estão associados à conceptualização de complemento oblíquo. Muito obrigada.
Sobre o Dicionário Terminológico (ex-TLEBS)
O Dicionário Terminológico, para consulta online no site da DGIDC, não apresenta o conceito de modificação nos processos regulares de formação de palavras. Não apresenta, da mesma forma, uma noção para derivação, não se percebendo claramente qual o entendimento relativamente aos prefixos e sufixos que não implicam alteração das características gramaticais da forma de base/palavra a que se juntam... É aceitável o tratamento de todos os casos de afixação como casos de derivação? Grato pela atenção.
A classificação sintáctica de algumas frases + os complementos circunstanciais no predicado
Gostaria que me indicassem qual a melhor forma de classificar sintacticamente as seguintes frases: 1) «Tal ideia nem lhe ocorreu.» 2) «Toda esta correria fez um certo ruído.» 3) «Nenhuma dessas considerações perturbou naquela noite o João.» 4) «Era bem-comportada, amável e bondosa.» Relativamente à inclusão dos complementos circunstanciais no predicado, pesquisando o vosso site, vejo que não há uniformidade nessa questão. Há quem defenda que devem estar incluídos, outros defendem que não. Podem esclarecer-me se, na frase: «O João está na praia», devemos considerar o complemento circunstancial de lugar como fazendo parte do predicado? Muito obrigada pela vossa ajuda.
Sobre os quantificadores na TLEBS/Dicionário Terminológico 2008
Com a revisão de Setembro de 2007 da TLEBS, verificou-se o desaparecimento de algumas classes de quantificadores: indefinidos, relativos e interrogativos. Verifiquei, igualmente, que surgiram os quantificadores existenciais. Para além disso, surgiram os determinantes indefinidos e desapareceram os quantificadores indefinidos. Poder-me-ão ajudar? Fico antecipadamente grata pelo esclarecimento.
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