Apesar de leccionar na área de Língua Portuguesa, não me vejo, neste momento, obrigada a utilizar e/ou conhecer ao pormenor a nova terminologia linguística, que tantas dúvidas tem suscitado. Neste sentido, e porque me deparei com uma questão que exigia o conhecimento mais aprofundado destas alterações, gostaria que me elucidassem sobre o termo adequado a usar: se «tipos de texto», se «protótipos textuais». Aproveito ainda para questionar em que altura os docentes do básico e do secundário terão de se submeter inteiramente a esta nova terminologia.
Na frase «... a TLEBS apresenta definições em intensão...», qual o sentido de intensão?
Obrigada.
Como professora do 1.º ciclo, deparo-me com as diferentes nomenclaturas nos diferentes manuais. Tanto se referem apenas a sujeito/predicado ou a grupo nominal/grupo verbal. Gostaria de saber qual a forma mais correcta de abordar o conteúdo nas aulas, de modo a não induzir em erro os meus alunos.
Já agora, pergunto se legalmente chegou a ser aplicada nos currículos a nova terminologia (que, caso não esteja enganada, foi anulada no ano passado).
Obrigada pela disponibilidade.
Não consigo entender o que levou os doutores A. Tavares Louro e Carlos Rocha a dizerem que não há função sintática em «para com o amigo», no período proposto pela consulente Maria Silva (25/09/2007) ou, palavras deles: «Não há um termo tradicional corrente para classificar este constituinte: trata-se de um complemento circunstancial, que "pode ser" [destaque meu] de fim ou, como propõe José Neves Henriques, de referência ou relatividade». A oração «Ele é simpático para com o amigo» é sintaticamente analisada da seguinte forma (desde sempre): «Ele» (sujeito); «é» (verbo de ligação); «simpático» (predicativo do sujeito); «para com o amigo» (complemento nominal). Detalhe: a própria regência nominal do adjetivo simpático projeta argumento com a possibilidade de locução prepositiva «para com», o que confirma que «para com o amigo» é, de fato, um complemento nominal.
Estou muito surpreso, pois envio perguntas com freqüência e geralmente recebo respostas apropriadas. Gostaria de uma resposta de vocês quanto à verdade da análise sintática da oração proposta.
Tenho de reconhecer que há frases que me levantam imensas dúvidas no momento de proceder à análise sintáctica. Assim sendo, gostaria que, tendo em consideração a antiga e a nova terminologia, me mostrassem qual a função sintáctica desempenhada pela expressão «um tesouro escondido» na seguinte frase: «Há um tesouro escondido nesta floresta.»
As respostas que me dão e as possibilidades por mim pensadas não me deixam verdadeiramente convencido.
Agradeço desde já a atenção dispensada...
Sou estudante e encontro-me com bastantes dificuldades na sintaxe do português, nomeadamente, no que se refere aos complementos preposicionados. Apesar de ter consultado várias obras gramaticais (Celso Cunha, Maria Helena Mira Mateus) e de ler todas as respostas do Ciberdúvidas no que respeita aos complementos do verbo, continuo sem saber que função sintáctica atribuir aos complementos preposicionados. Além de que, na Gramática do Português Moderno, José Manuel de Castro Pinto e Maria do Céu Vieira Lopes, Plátano Editora (ensino secundário), na página 183, deparo–me os seguintes exemplos:
A Rita chamou pelo pai. CD pelo pai
O Nuno cumpre com as obrigações. CD com as obrigações
O professor pegou no livro. CD no livro
Naquela exposição, gostei de muitos quadros. CD muitos quadros
Na obra de Celso Cunha, na página 513, pode ler-se o seguinte:
«A ligação do verbo com o seu complemento, isto é, regência verbal, pode fazer-se:
a) directamente, sem uma preposição intermédia, quando o complemento é objecto directo.
b) indirectamente, mediante o emprego de uma preposição, quando o complemento é objecto indirecto.»
Conheço os testes que permitem identificar os complementos directos, indirectos e oblíquos, mas tenho dificuldade em classificar as funções sintácticas dos complementos preposicionais. Se os complementos preposicionais têm funções de complemento directo e indirecto, como distingui-los?
Muito obrigada.
«Vazam-se os arsenais e as oficinas;
Reluz, viscoso, o rio; apressam-se as obreiras.»
Cesário Verde, in O Sentimento dum Ocidental.
À luz da TLEBS, qual a função sintáctica de «viscoso»?
Obrigado.
Sou estudante do ensino secundário e desejava esclarecer uma dúvida que surgiu em aula, aquando da explicação das nova TLEBS.
Na frase «A professora [que saiu] ensina espanhol», qual é exactamente, segundo a nova terminologia, a função sintáctica da expressão «que saiu»?
A frase acima citada encontra-se como exemplo de uma oração/frase relativa sem antecedente com a função sintáctica de Modificador Frásico do Grupo Verbal. Acontece que não sei se esta se encontra totalmente correcta, uma vez que aquilo que é modificado é o grupo nominal («A professora»). Não seria a oração «que saiu» uma oração subordinada relativa adjectiva restritiva na antiga terminologia, que restringe a oração «A professora ensina espanhol»?
De modo a esclarecer completamente esta dúvida, poderá a expressão entre parêntesis rectos servir de exemplo de um Modificador Frásico do Grupo Verbal na frase «Ama [quem te ama]»? E em «O comandante anunciou [que havia uma avaria]»?
Aguardo resposta logo que possível. Obrigado.
Sou aluna do 12.º ano e vou realizar neste ano exame de Português, estando no curso de Ciências e Tecnologias. Gostaria de saber se já vai ser aplicada a nova terminologia, uma vez que não é aplicada no 3.º ciclo. E se no exame respondermos pela terminologia antiga corremos o risco de ter a resposta errada, ou é considerada certa na mesma?
Obrigado pela sua atenção.
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