DÚVIDAS

Enamorar-se: norma e evolução de uso
Venho parabentear-vos por este vosso esforço em prol da língua portuguesa e, ao mesmo tempo, questionar-vos sobre uma particularidade da regência de enamorar. Na pergunta «A regência de enamorar-se», [...] vós respondestes que «A regência correcta de enamorar-se é com a preposição de.» No entanto, pesquisei na Internet e encontrei vários sítios que regem enamorar-se com a preposição por, tal como a regência de apaixonar-se. Serão erros desses mesmos sítios ou a regência de enamorar-se está a mudar e está a começar a aceitar essas duas possibilidades? Pergunto isto porque tive um professor de linguística na faculdade que me dizia que o idioma não é feito pelas convenções, mas sim pelos falantes do mesmo. Desde já, muito obrigado pelo vosso auxílio.
Adjetivos prefixados com inter-
Gostaria de saber se substantivos combinados com o prefixo inter- e que servem como adjetivo ficam sempre no plural. Por exemplo: «transação intercompanhia» ou «transação intercompanhias»? «Serviço intercidade» ou «serviço intercidades»? «Reconciliação interempresa» ou «reconciliação interempresas»? «Descanso interjornada» ou descanso «interjornadas»? Muito obrigada.
Nomes e modificadores coordenados
A minha dúvida prende-se com a forma correta de empregar o plural ou singular com as conjunções e e ou. Por exemplo, qual a forma correta de apresentar a seguinte frase? – A informação deve ser registada nos impressos A ou B. Ou – A informação deve ser registada no impresso A ou B. É que apesar de se referirem dois impressos na frase, não se usa a conjunção e, mas sim, a ou, destacando que se usará um em alternativa ao outro.
Reticências para sugerir uma palavra
[Sobre] «tá quente pra c...» «Tem estado "um calor e ananases", como diria Fradique Mendes, pela pena de Eça de Queirós. Por estes dias, podem usar-se outras frases castiças caídas em desuso como “está de rachar” ou “derrete os untos!” Denise e Raimundo, brasileiros de Santa Catarina, chegaram esta semana a Lisboa. Pouco dados à leitura de Eça, escolheram tiradas como “tá quente pra caracá” e “tá quente pra dedéu!”, para terminarem com um estrondoso “tá quente pra c…!” […] Victor Bandarra, "Calores Luso-brasileiros", Correio da Manhã / Revista Domingo, 26.8.2018, p. 25 Todos sabemos de antemão com o que  «c...» está conotado. Que nome se dá a esta arte de abreviar palavras com reticências? Obrigado.
ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de LisboaISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa