É aconselhável o uso da locução prepositiva «devido a» introduzindo orações causais reduzidas de infinitivo? Ex.:
«Não é bom que andemos de barco hoje devido ao mar estar bastante agitado...»
Há algum tempo, noto que as pessoas começaram a colocar a preposição sobre no fim da frase, lembrando um pouco a construção inglesa, mas não exatamente da mesma forma.
Ex. 1:
– Você sabe quando será a prova?
– Não me falaram nada sobre.
Ex. 2:
– Você sabe por que o presidente renunciou?
– Não li nada sobre.
Fico com a sensação de que é um americano querendo falar «I know nothing about (it)/I don't know anything about (it)», deixando de falar o «isso» [«Não li nada sobre isso»/«Não me falaram nada (sobre isso)»] e terminando a frase no «sobre». Não falta o complemento nesse caso? Sobre o quê?
Posso estar enganado, mas sinto várias mudanças no português falado devido à influência da língua inglesa, a qual é falada por cada vez mais brasileiros. «Vou estar trabalhando», «Não vi nada sobre», «Esse é o ponto!» (em vez de «Essa é a questão/problema»). Talvez até estejam certos, mas não eram comuns, e agora, que estão ficando, estou estranhando.
Então, certo ou errado?
– «Eu não li nada sobre»/«Eu não li nada sobre isso»?
– «Eu não li nada a respeito»/«Eu não li nada a respeito disso»?
Gostaria que me confirmassem que a seguinte frase está errada, a saber:
«Também isto são a história, o património e a identidade cascalenses!»
Neste caso não é «são», mas, sim, «é», não é? Mesmo que faça alguma confusão, pois são três conceitos que estão em causa.
Obrigada.
Gostaria de saber se esta frase é correta. Encontrei-a num livro brasileiro:
«Um índio decidiu ajudar os novos vizinhos e lhes ensinou a cultivar abóboras e milho...»
Suponho que usam lhes porque é ensinar alguma coisa a alguém, mas, por outro lado, é «ensinar alguém (sem preposição) a fazer alguma coisa». Então a frase não deveria ser «Um índio decidiu ajudar os novos vizinhos e ensinou-os a cultivar abóboras e milho...»?
Obrigado pela sua resposta.
A palavra inactual, aparentemente, não existe. Não vem no dicionário, nem no Priberam. Mas é errado "fazer" essa palavra, para designar o que não é actual, como inútil é o que não é útil?
Obrigado.
Como se deve dizer?
O meu filho faz-me lembrar a mim.
O meu filho faz-me lembrar eu.
O meu filho faz-me lembrar de mim próprio.
Minha dúvida é acerca da transitividade dos seguintes verbos: pesquisar, consultar (consultor/consultoria) e assessorar (assessor/assessoria). Por exemplo, em frases como estas:
1. O rapaz pesquisou sobre direito constitucional.
A preposição sobre introduz objeto indireto, ou adjunto adverbial? É correto usar a preposição sobre?
E agora os verbos consultar e assessorar, quando utilizados com relação à profissão de assessor e consultor, em frases como:
2. A profissional consultou a empresa X sobre as suas finanças.
3. A profissional assessorou a empresa X sobre as suas finanças.
Nessas frases 2 e 3, a preposição sobre introduz um objeto indireto, ou um adjunto adverbial?
Muito obrigado.
Há certo tempo, enquanto editava na Wikipédia, me deparei com um problema bem espinhoso no que diz respeito ao nome de determinados reis escandinavos. Dado que é comum ao português, de ambas as partes do Atlântico, aportuguesar os nomes de nobres, ao menos anteriores ao século XIX, pensei que deveria haver fontes para todos eles, ou sua grande maioria. Daí que queria saber a respeito destes:
Halsten – havia sugerido "Alsteno", ou até quem sabe "Halsteno";
Haakon – para os inúmeros monarcas deste nome achei a forma adaptada "Haquino", que, pelo que entendi, advém do latim Haquinus, no entanto, dado o número restrito de resultados, seria necessário algo mais sólido para afirmar;
Ragnvald – um editor sugeriu Reginaldo;
Birger – vi um editor sugerir "Brigério", provavelmente em associação com o caso similar do Berenguer, que se torna Berengário em português;
Gorm – aqui havia sugerido "Gormo";
Eystein – achei referências à forma Agostinho, porém, por também serem poucas, seria necessário algo mais sólido.
Estas formas estão corretas? Se não, qual seria o aconselhável?
1. calças vermelho-metálicas
2. placas amarelo-transparentes
3. mesas branco-foscas
4. garrafas azul-claras transparentes
5. mesas marrom-escuras foscas
6. latarias verde-claras metálicas
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