DÚVIDAS

Centésimo e «centésima parte»
Tentei esclarecer um comentador do Eurosport, acerca do relato da leitura de cronometragem dos tempos. Lê esse comentador em directo: «Fulano fez o tempo de um minuto, cinquenta e dois segundos e quinze centésimas» (ponto). Quando devia dizer centésimos, uma vez que na leitura do tempo se refere aos segundos que precederam a leitura consecutiva desse tempo em concreto, não às partes dum segundo desse tempo. O caso é importante, porque num canal especializado em desporto, seguido maioritariamente por desportistas e pessoas ligadas ao desporto, causa algum desconforto ouvir a cronometragem de forma diversa da corrente! Porém gerou-se uma discussão, e esse comentador defendeu-se com o que está exposto [numa resposta] que é, aliás, o único exemplo em toda a Internet que de certa forma está de acordo com uma forma errada de relatar os tempos!
Os neologismos amortal e amortalidade
Em inglês, amortal («negação da morte») significa aquele cuja vida durará para sempre (do ponto de vista estritamente biológico e através da manipulação fisiológica), desde que não seja vítima de um traumatismo fatal. Estes neologismos surgem na língua inglesa ao longo da última década em resultado dos avanços ocorridos nas áreas da medicina e da biotecnologia. Atendendo ao valor semântico do prefixo (a-: privação/negação), usado na formação destes termos ingleses, seria aceitável traduzi-los por "amortal" e "amortalidade"?
Web Summit, start-up e feature:
como usar em português?
«A Web Summit Lisboa é a nossa melhor oportunidade depois da Expo-98», era o título da entrevista publicada na Revista do Expresso do passado dia 9/01 ao secretário de Estado da Indústria e (assim identificado) ex-diretor executivo da Startup Lisboa, João Vasconcelos. E, mais adiante: «(...) O poder montar um negócio em Portugal e na semana seguinte ter um cliente no Japão era uma coisa que dantes não era possível. É importante sublinhar que nem todas as startups se tornarão empresas: muitas delas estão a desenvolver um produto, uma feature, e esse produto ou feature será comprado por alguma empresa para os incorporar na sua oferta. (...)» Web Summit, startup, feature. Pergunto: nenhuma destas palavras tem tradução portuguesa, ou trata-se só de mais um (mau) exemplo de um governante português preferir o inglês ao idioma nacional?
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