Correio - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Paulo Pereira Brasil 27K

«Minha pátria é a língua portuguesa.» Sempre gostei muito desta frase. É verdade, porém, que, ao ler o contexto em que Fernando Pessoa a escreveu, uma grande desilusão, em relação ao poeta, trespassou o meu coração. Era como se a partir daquele momento Fernando Pessoa fosse outra pessoa, não era mais aquela que tinha idealizado no meu imaginário. Mas é verdade também que este "circo" da aprovação do acordo ortográfico me fez apreciar cada vez mais o escrito de Fernando Pessoa. Fernando Pessoa tinha caído, para mim, do pedestal, mas lentamente se estava colocando num pedestal ainda maior. Ele parecia antever o que ia acontecer... Será que ele tinha razão? Qualquer dia me convenço. É que, a partir dele, a ortografia portuguesa nunca mais teve rumo idêntico em Portugal e no Brasil.

Cristina Simões Portugal 797

Parabéns a todos e feliz Páscoa! Sou fã do vosso trabalho e venho compilando todas as vossas observações, que estudo apaixonadamente! O Ciberdúvidas é, até hoje, a mais bela Gramática Viva, o mais prestes prontuário... O mais do mais!

Maria Mateus Itália 2K

Peço desculpa mas, neste momento, quero apenas apresentar as minhas condolências a toda a equipa do Ciberdúvidas pela perda do professor José Neves Henriques.

M.ª Fátima Pintassilgo (professora) Coimbra, Portugal 1K

Sei que o Ministério da Educação já determinou que o Acordo Ortográfico entre em vigor no próximo ano lectivo. Contudo, "custa-me" corrigir o que até agora eram considerados erros ortográficos, como ator, ótimo, etc., sabendo que para o ano os alunos vão ter de escrever e aprender as alterações na grafia. Como deverei fazer? Corrigir aquelas palavras ou aceitá-las?

Victor Duarte Gagny, França 1K

Li dois comentários sobre a palavra francesa "tranche" relacionados com a economia. Mas um pão cortado em "tranches" também se usa no sentido de «fatia». Não se restringe, portanto, só à economia.

Paulo Manuel Sendim Aires Pereira Londrina, Brasil 1K

Neste sítio, vejo muitas vezes falar em Brasil e Portugal como realidades culturais e linguísticas em si. Mas o que torna Portugal e o Brasil entidades como tais, na medida possível, são imposições político-administrativas do gênero do acordo ortográfico. No fundo cada país tem o seu 'acordo' ortográfico interno. Se virmos as coisas livremente, do ponto de vista cultural e linguístico, não existem tais realidades...

Moro em Londrina, aqui as pessoas dizem porta como se fossem um inglês a pronunciar, no Rio de Janeiro como se fossem um francês, em Minas Gerais como se fossem um português... Por o outro lado ao pronunciar as os do Rio de Janeiro fazem-no como se fossem um português, e os de Minas Gerais como se fossem um espanhol. Aqui no Brasil, deparámo-nos surpreendentemente com pronúncias ao estilo de Viseu, Açores, etc. Não, Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília não são o Brasil... Brasil é muito mais...

Temos que assumir o acordo ortográfico como uma decisão política, que é o que é. Aqueles que defendem, que Portugal e Brasil deviam seguir caminhos diferentes por terem realidades diferentes, já se revoltariam ao ouvir o mesmo para Santa Catarina e São Paulo, ou Minho e Algarve... Porquê? Porque isso iria contra as suas conveniências políticas. Só isso...

Peço ao Ciberdúvidas para não alinhar nessa hipocrisia. Que se defendam as convicções políticas que se quiser, mas sem usar a nossa língua em vão.

Jorge Mendes Portugal 1K

Dentro de 10 anos, o Acordo Ortográfico será ainda possível?

Surgiu-me esta pergunta quando, há uns meses atrás, reparei num enorme e repetido "POLICIA" nas viaturas da PSP. Logo, visível e legível, todos os dias, por essas estradas e ruas de Portugal. Por isso, várias perguntas podem ser levantadas ao ministro da tutela, ao comandante da velha corporação e ao próprio (e poderoso) funcionário que acabou, sem dar cavaco a ninguém ou a um simples prontuário ortográfico, com o tal velho acento.

Por esta nova ordem... de acentos e a evidente falta de autoridade de quem ensina e aprende esta língua (Português com acento) sem defesa e protecção (até a Polícia já a abandonou e de que maneira), talvez fosse de propor uma maior simplificação, passando esta "Policia" a ser, pura e simplesmente, de Seguranca Publica. Assim, além de acentos e cedilhas a menos, haveria uma evidente economia de muitos litros de tinta...

Um alfabetizado (português e indefeso).

Paulo Manuel Sendim Aires Pereira Londrina - Brasil 763

Queria deixar aqui uma parabenização à consultora Maria Regina Rocha. Talvez não seja a mais sábia, talvez não seja a mais correta, talvez não seja a menos falível, talvez não seja a mais isenta, mas é para mim, a mais clara, a mais sucinta e a mais pedagógica.

Parabéns!

Bárbara Santos Estugarda - Alemanha 1K

Gostaria de saber se há algum manual que documente e explique as principais diferenças ortográficas e sintácticas (estas interessam-me particularmente) entre o português europeu e o português brasileiro. No caso (muito provável) de não haver tal manual, ficar-lhes-ia muito grata se me indicassem uma gramática ou prontuário que possa servir de referência para estas questões.

Desde já muito obrigada e votos de um 2008 cheio de sucesso.

Eunice Silva EUA 1K

Gostaria de agradecer ao caro consultor D´Silvas Filho por ter respondido a uma questão que enviei ao Ciberdúvidas. Muito obrigada pela sua ajuda.

Aproveito também para agradecer a toda a equipa do Ciberdúvidas pelo óptimo trabalho que tem vindo a desenvolver ao longo de todos estes anos. Utilizo o Ciberdúvidas com muita frequência, e as respostas a questões anteriormente colocadas muito me têm servido para esclarecer as dúvidas que me surgem no desempenho das minhas funções.

Como Ciberdúvidas, todos aqueles que se esforçam por falar e escrever melhor têm acesso, à distância de um clique, a um óptimo trabalho, feito com grande rigor e profissionalismo. Um grande bem-haja à equipa do Ciberdúvidas e continuação de um óptimo trabalho.

Um abraço amigo.