Correio - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Maria Perry Tradutora Portugal 911

Infelizmente o Cyberdúvidas deixou de ter qualquer utilidade para os utentes de fora já que com o novo formato, quaisquer referências dadas pela Net vêm parar aqui à primeira página em vez de nos levar à resposta, e além disso deixou de ter glossário. Como não responderam ao meu protesto anterior vou agora enviar este e-mail para os CTT para ver se eles deixam de gastar dinheiro dos meus impostos com um projecto tão inútil.

Clara Pinto Portugal 920

Como antiga aluna do curso de Línguas e Literaturas Modernas - Português/Inglês da Faculdade de Letras de Lisboa e visitante regular do Ciberdúvidas, não posso deixar de tornar pública a minha defesa da TLEBS.

Ultimamente tenho lido muita crítica destrutiva (e alguma muito mal fundamentada) a respeito do assunto, sem que, no entanto, grande parte dos seus autores demonstrem um conhecimento sólido na área, quer como professores de português, quer como linguistas.

Em primeiro lugar, e contrariamente ao que tem sido defendido, a TLEBS não é um bicho papão que irá desmotivar os alunos de português. Na verdade, penso que já é tempo de deixar de tratar os alunos como incapacitados, enveredando-se sempre pela via do facilitismo. A gramática é fundamental para o conhecimento da língua portuguesa. A literatura só não basta!

Contudo, a meu ver, o problema não reside na Terminologia recentemente adoptada. Afinal, de que serve que o aluno saiba debitar os termos correctos para classificar categorias morfológicas e sintácticas quando não sabe distinguir advérbios de adjectivos, em contexto frásico? A polémica em torno do assunto da TLEBS acaba por encobrir a falta de competência linguística de alguns professores e a enorme lacuna que existe no ensino da gramática.

Não me vou alargar no comentário, fazendo uma lista de pontos a favor ou contra a TLEBS. Quero apenas referir que, ao contrário do que afirmou o Dr. Francisco José Viegas no seu artigo "O ensino do pobre português", os linguistas não são um grupo de génios que provavelmente detestam o português e que o consideram sua propriedade. Uma língua não é só gramática nem só literatura pois, afinal de contas, uma não sobrevive sem a outra. Um professor de literatura ama tanto o português como um professor de linguística, simplesmente estudam-no de perspectivas diferentes. No meu entender, esta polémica acaba por ser apenas mais um pretexto para se medir forças entre a gramática e a literatura. No final, quem perde com estas guerras de "partidos" são apenas os alunos...

Cumprimentos a todos os visitantes e colaboradores do "site" e parabéns pelo excelente trabalho!

Paulo Alexandre dos Santos Silva Desempregado Portugal 937

A vossa remodelação gráfica foi excelente. Contudo, acho que há material antigo do sítio que não foi reaproveitado. Por exemplo quando pesquiso a palavra «escuteiro/escoteiro», falta um correio do senhor Carlos Robalo, da Associação dos Escoteiros de Portugal, de Agosto de 1998, que adiciona alguns esclarecimentos importantes, à opinião do dr. F. V. P. da Fonseca, relativamente à mesma dúvida. Gostaria de saber porque é que isto se sucedeu. Acho que é uma coisa que deveria ser reflectida, para melhorar o serviço prestado pelo vosso excelente sítio, em prol da língua portuguesa.

Félix Esménio Portugal 1K

Dirijo-me a vós, desta vez, não para perguntar mas para elogiar a qualidade e persistência do notável serviço público que prestam a todos os falantes de língua portuguesa.

O novo grafismo do Ciberdúvidas é, sem sombra de dúvida, mais atractivo e funcional.

Parabéns aos criadores deste espaço interactivo, aos ilustres consultores e a todos os demais que contribuem activamente para a sua manutenção e enriquecimento.

Estou certo que haverá um cada vez maior número de visitantes e de consulentes.

Espero que os professores em geral, e os de língua portuguesa em particular, não se esqueçam de aconselhar o Ciberdúvidas aos seus alunos.

E, já agora, se me permitem, sugiro a organização de ateliês itinerantes de língua portuguesa nas nossas escolas, se possível reforçados por um concurso televisivo, tendo em vista a mobilização de professores, alunos, encarregados de educação e das comunidades lusófonas.
Um abraço e continuem o vosso excelente trabalho.

João Subtil Portugal 2K

Existe alguma publicação com a nomenclatura actual correspondente aos locais visitados por Fernão Mendes Pinto?

Sandra Capelas Estudante universitária Portugal 2K

Sou estudante da Faculdade de Letras de Lisboa e no seguimento de um trabalho de Fonologia e Morfologia do Português, tenho de realizar uma pesquisa sobre o dialecto lisboeta em confronto com o dialecto alentejano, transmontano e tripeiro. Assim, peço-lhes que me indiquem, por favor, indicações bibliográficas úteis para o referido trabalho. Aproveito a oportunidade para cumprimentar o Prof. Ernesto Rodrigues, de quem fui aluna, com todo o prazer, no ano lectivo anterior.

Ana Ferreira Professora Portugal 1K

A propósito da mensagem do Sr. Carlos Ferreira em defesa do «a gente vamos», gostaria de chamar a atenção para o facto de que a língua evolui e se vai definindo ao longo do tempo. Lá por os nossos escritores terem usado determinadas palavras e construções, não significa que elas não caiam em desuso. E o mesmo se aplica às ideias. E já agora, se há razões para dizer "a gente vamos", não é defensável também o uso de "hades" e "hadem"? Não se está, afinal, a usar a flexão verbal própria da segunda pessoa do singular e da terceira do plural? E porque não "tu estivestes"? Não temos aqui um legítimo fenómeno de analogia com "vós estivestes"?O texto apresentado pelo Sr. Carlos Ferreira pode ser muito interessante, mas penso que não será uma rebolaria (1) afirmar que está desactualizado. Ou estarei a ensandecer (2)? (1)Rebolaria - fanfarronice (2)Ensandecer - endoidecer( palavras frequentes em Gil Vicente)

Carlos Alberto Ilharco Portugal 1K

Em relação à resposta dada sobre este assunto, lembra-me de a minha avó me ensinar que tal se devia dizer, em virtude de o espirro ser como o demónio a sair do corpo. Presumo que esta ideia venha desde tempos imemoriais.

Tânia Martins 3K

Preciso de eleborar uma recensão crítica sobre o tema "A língua portuguesa no pre-escolar" ou "A gramática no pre-escolar". Não sei como abordar o tema porque não sei fazer uma recensão critica e não encontro nada sobre o tema. Espero que me possam ajudar! Muito obrigada!

Rui Almeida Portugal 813

Li o comentário de Ana Cruz [ver Erros e disparates na televisão I], sobre os erros a que assistiu na SIC, e vieram-me à memória dois recentes disparates que ouvi na TVI, em duas notícias consecutivas de uma edição do seu Jornal Nacional das 20 horas (como se sabe, a hora em que, normalmente, mais gente vê televisão). E os disparates eram estes: a) Noticiou-se o abandono de uma criança, pela própria mãe, «quase à nascença»; b) Noutra notícia sobre a escassez de àgua nas Termas do Luso afirmou-se que, «se a situação se mantiver, a Câmara irá racionalizar a água». A língua é um factor essencial ao entendimento e, por isso, creio que todos devemos procurar falar e escrever o melhor possível. Mas há profissões (como as ligadas à publicidade ou o jornalismo) em que é uma necessidade o bom domínio das palavras, a sua ordenação, pronúncia e significado, não só porque quem escreve e fala nesssas funções se tem de fazer entender, mas também porque é exemplo para milhões de pessoas.