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Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

A livraria luso-hispânica La Atrevida lançou o desafio, e jovens falantes de português, de diferentes países, ousaram escrever poemas. Assim surgiu a Antologia Atrevida, resultante do I Concurso Internacional de Escritores Infanto-Juvenis "La Atrevida", na qual se recolhem «os melhores textos de escritores de entre 8 e 14 anos, vindos de todo o mundo lusófono», conforme se lê na apresentação da obra. São palavras do mesmo texto: «este livro [...] fala-nos da aventura da criação percebida como um ato vital e sem estratégias no qual a infância, a utopia e a alta literatura se unem e entrelaçam formando uma cartografia deliciosa e necessária para poder aproximar-se à vida com fé e esperança.»

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Assim vão os usos culturais e institucionais da língua:

– Em Lisboa, entre 3 e 10 de abril, a 4.ª edição do FESTin (Festival de Cinema Itinerante de Língua Portuguesa) apresenta 80 filmes – em português –, tendo por grande finalidade o intercâmbio cultural entre povos que compartilham este idioma. A iniciativa inclui uma homenagem ao conhecido Festival de Gramado (Brasil) e outra ao cinema de Angola (através de uma parceria com o o IACAM – Instituto Angolano de Cinema, Audiovisual e Multimédia), bem como o I Encontro Internacional de Jornalistas de Cinema, que reúne profissionais ligados ao jornalismo, crítica e divulgação cinematográfica.

– Em Timor-Leste, o quadro parece muito diferente, porque chegam notícias de que, mesmo no parlamento, são poucas ou nenhumas as sessões plenárias em que se fale português, a ponto de uma deputada, Carmelita Moniz, afirmar: «Temos de ser honestos e admitir que a maior parte dos deputados não percebe português. Nós só queremos perceber o trabalho da Procuradoria-Geral da República, tal como os jornalistas, que vão levar a informação às pessoas.»

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O fotógrafo português Eduardo Gageiro (na foto) é o convidado especial do 8.º programa da 8.ª série do Cuidado com a Língua! (RTP 1, dia 11/03, às 22h52), para falar de fotografia e algum do seu vocabulário mais específico, a começar pelo radical compartilhado por outras palavras do nosso quotidiano: fotogenia, fotógeno, fotogénico, por exemplo.

* Na RTP 1, repetição aos domingos, às 11h00 (hora de Portugal continental). Também, na RTP Internacional e na RTP Internacional Ásia, aos sábados, às 19h45, na RTP África, aos domingos, às 11h00, na RTP Internacional América, às sextas, às 4h45, na RTP Mobile, às segundas, às 22h30 (hora de Portugal continental).

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A respeito do falar do Nordeste do Brasil, um consulente afirma que «alguns nordestinos, quando vão a São Paulo ou a outros lugares [...], ficam receosos de abrir a boca para que não passem por constrangimento». Estarão mesmo erradas as pronúncias dialetais? Não haverá aí preconceito? A resposta faz parte da nova atualização do consultório, que integra ainda comentários sobre a grafia de Margem Sul, o uso dos termos tradutológico e tradutório, a boa formação de adaptativo e a diferença entre quadro e tabela. Todas estas respostas, bem como os demais artigos aqui em linha, estão igualmente acessíveis pelo Facebook e por uma aplicação para smartphones (com apoio da Fundação Vodafone).

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Para falar do substantivo massacre, evoca-se um momento triste da história de Lisboa. No meio da crise que afeta Portugal e outros países da Europa, ocorre usar establishment, um anglicismo que lembra movimentos de contestação antigos e modernos. Paradoxalmente, o advérbio agora pode referir-se ao passado real ou ficcionado. Tais são os tópicos em foco nas novas respostas em linha, que, como habitualmente, se encontram igualmente disponíveis no Facebook e numa aplicação para smartphones (com o apoio da Fundação Vodafone).

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«Última marca de um império que já não existe», para uns, e «património de ideias, sentimentos, monumentos e documentação» de «territórios e populações ligados pela língua», para outros: assim concebem a lusofonia duas perspetivas antagónicas sobre o passado e o futuro do português. Acerca deste tema, num novo texto em linha nas Controvérsias, a linguista Ida Rebelo nega que se trate de uma «invenção fascista e manipuladora» e considera: «Dizer [isso] é como insistir que temos de pertencer a qualquer coisa, menos à língua que nos serve de instrumento de expressão e crescimento.»

Passando da política da língua à discussão do uso e da norma, a atualização do consultório retoma certos tópicos de fonologia, morfologia e léxico com interesse para professores e jornalistas. Regressa também o Correio, para dar conta de como pululam os erros linguísticos em certo canal de televisão português. Como sempre, estes e outros conteúdos encontram-se igualmente disponíveis no Facebook e numa aplicação para smartphones (com o apoio da Fundação Vodafone).

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Exaltam-se os ânimos no futebol português, a ponto de adeptos, jogadores e até dirigentes cometerem atropelos linguísticos. No Pelourinho, Paulo J. S. Barata deteta um sinal dessa turbulência emocional na confusão de «dar cobertura» com «pôr cobro». Perplexidade é mais a reação suscitada pela ocorrência da palavra bodum num texto do escritor português Mário Cláudio, conforme se manifesta numa das novas questões em linha no consultório, onde ainda se comentam casos de  aumentativo e modificador do nome. Lembramos que estas e outras respostas se encontram disponíveis no Facebook e estão acessíveis numa aplicação para smartphones (com o apoio da Fundação Vodafone).

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Não anda esquecido o debate à volta da aplicação do Acordo Ortográfico de 1990 (AO). No artigo "O português na encruzilhada", publicado no semanário Expresso em 2 março de 2013 – e disponível na rubrica Acordo Ortográfico –, Margarita Correia, vice-presidente do Instituto de Linguística Teórica e Computacional, reafirma que «o AO é aplicável e está efetivamente em uso», acrescentando que, dos cidadãos que contra ele se têm manifestado publicamente, se espera «que o façam com verdade, transparência, espírito construtivo e civilidade».

No consultório pergunta-se: donde provirá a expressão «(ser) um pagode»? Como se pronuncia o topónimo A da Gorda (Óbidos)? E cocuruta é o mesmo que cocuruto?

Como sempre, estes e outros conteúdos estão igualmente acessíveis no Facebook e por smartphone, graças a uma aplicação criada com o apoio da Fundação Vodafone.

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A segunda edição do Rota das Letras – Festival Literário de Macau realiza-se a partir de 10 de março, contando com mais de 30 autores lusófonos e chineses, de áreas de expressão que vão da literatura ao cinema passando pela música e artes plásticas. Fundado em 2012 pelo jornal Ponto Final, o festival, que tem o apoio da Fundação Macau e do Instituto Cultural de Macau, vê a representação de Portugal assegurada pelo escritor Valter Hugo Mãe, por Dulce Maria Cardoso e pela romancista Deana Barroqueiro. No painel dedicado à literatura e humor estão Rui Zink e Ricardo Araújo Pereira. Mais informação no sítio desta iniciativa.

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No contexto da crise que se vive no país, a comunicação social portuguesa adotou uma nova palavra, ao que parece, criada nas redes sociais: "grandolar"*. Deriva do substantivo próprio Grândola, nome de uma cidade alentejana, e significa «interromper um político com a canção "Grândola, Vila Morena", como protesto». O novo verbo refere-se, portanto, não diretamente à cidade mencionada, mas, sim, à famosa canção "Grândola Vila Morena", de José Afonso, a qual assinalou o 25 de abril de 1974 e a chamada "Revolução dos Cravos", que conduziram à instauração do atual regime democrático de Portugal. Recordemo-la, na voz do seu autor, aqui.

*Tem o derivado grandolada e a variante grandolizar, donde deriva grandolização, todas atestáveis na Internet. Ver aqui.