Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Português na 1.ª pessoa
A língua portuguesa (ou a falta dela) no Festival da Canção
Sobre o uso do inglês no concurso da Eurovisão

«[O] que nos diz a língua sobre a probabilidade de vencer ou obter um bom lugar no [Festival Eurovisão da Canção]?  Desde a introdução das semifinais (uma a partir de 2004 e duas desde 2008) apenas três canções não inglesas venceram o concurso (“Molitva” da Sérvia, em 2007, “Amar pelos dois” de Portugal, em 2017, e “Zitti e Buoni” de Itália, no ano passado).» Uma reflexão crítica de Jéssica Mendes ao uso do inglês na canção "Saudade, saudade", de Maro, que representa Portugal na edição de 2022 do Festival Eurovisão da Canção.

<i>Refugiado</i> e <i>migrante</i>
Duas palavras para duas realidades distintas

O êxodo que se verifica na Ucrânia, fruto da situação de guerra vivida, convoca a distinção entre os termos migrante e refugiado, que dá tema à crónica da professora Carla Marques

O português de lá para cá, numa canção e num livro
O debate entre o português de Portugal e o do Brasil.

«[C]omo é sabido, as contendas entre o português de cá (o europeu) e o de lá (o do Brasil) têm-se acirrado a vários pretextos, na sua maioria contestáveis» –  escreve norma ortogéficao jornalista Nuno Pacheco em crónica incluída no Público de 17 março de 2022, a propósito da publicação do mais recente livro do linguista e escritor Fernando VenâncioO Português à Descoberta do Brasileiro (Guerra e Paz, 2022), obra dedicada à análise das reações que o contacto com a variedade brasileira tem suscitado em Portugal. Transcreve-se com a devida vénia o texto original, mantendo-se  a norma ortográfica de 1945 do original


Quantas pessoas formam um grupo?
Uma quantificação pouco óbvia

Num programa de rádio, levanta-se a questão: será que se pode falar de um grupo, quando se considera um conjunto de duas pessoas? Com base nas definições dos dicionários, Sara Mourato aborda este tópico.

Informante vs. informador
A diferença entre «informar» e «denunciar»

Ao contrário do uso indistinto no Brasil, em Portugal sempre houve a diferença entre quem, às claras e, até por razões profissionais, presta informações disto ou daquilo (por exemplo, os meteorologistas, com «indicações sobre o tempo») e o seu inverso. Uma diferença substancial, mas cada vez mais ignorada nas traduções televisivas, como é o caso da série policial espanhola A Unidade, emitida na RTP 2  

Quando entenderemos devidamente o valor da educação?

«[...] [E]ncontrei candidatos a professores de Português muito bem preparados e motivados, que sonhavam passar o resto da sua vida profissional a ensinar. Infelizmente, muitos desistiram de o fazer, porque a sociedade e sucessivos governantes os foram escorraçando, ora destruindo a frágil carreira que tinham e aviltando-os aos olhos da opinião pública (anos 2000), quer aconselhando-os a emigrar, alegadamente por não serem precisos e sobrecarregarem o erário público (anos 2010).»

Artigo de opinião da linguista e professora universitária porrtuguesa Margarita Correia,  publicado no Diário de Notícias em 14 de março de 2022, a respeito das vicissitudes por que tem atravessado a formação de professores nas últimas quatro décadas em Portugal.

A origem extraterrestre da língua portuguesa
Sobre pensamentos nebulosos e história do português

 «[...] [T]ambém há teóricos da conspiração para todos os gostos no mundo da língua: o português veio do fenício, veio do árabe, veio do grego, veio disto ou daquilo… Que tantos e tantos estudiosos tenham acumulado toda uma história complexa e ainda não terminada do caminho que a nossa língua percorreu do latim popular até ao português de hoje em dia, passando pelos séculos em que o português e o galego não se distinguiam — nada disso interessa!»

Crítica do professor universitário e tradutor Marco Neves a quantos elaboram teorias infundadas sobre a origem das línguas, entre elas, a língua portuguesa (que é latina). Texto publicado no blogue Certas Palavras em 14 de março de 2022 e aqui transcrito com a devida vénia, mentendo a ortografia de 1945, seguida pelo original.

 

O almofariz
Milenar instrumento de multiúsos

A origem etimológica, função e a história, ao longo dos tempos, do também denominado gralmoedor ou morteiro — que, no Antigo Egipto, era feito de pedra e noutras civilizações em madeira, chumbo, estanho  ou bronze e, já mais, recentemente, em porcelana e em vidro.

Texto-apresentação da exposição O Almofariz – no tempo e nos espaços, da coleção do autor, patente na  Biblioteca Municipal Luís de Camões, em Alvito, de 5 de março a 5 de abril de 2022.Escrito segundo a norma ortográfica de 1945.

Os provérbios da guerra
As marcas da guerra na língua

«Também no campo da fraseologia, a guerra deixa as suas impressões. Os provérbios expressam, não raro, um saber secular moldado na experiência de vida do povo», escreve a professora Carla Marques neste apontamento dedicado às influencias da guerra na criação de provérbios. 

<i>Oligarquia</i>, <i>oligarca</i> e <i>oligárquico</i>
Etimologia e significado

Oligarca entrou no léxico corrente com o desenvolvimento da guerra entre a Rússia e a Ucrânia. Trata-se de uma palavra até recentemente pouco usada no discurso mediático, cujos significados e origem, Carlos Rocha, coordenador executivo do Ciberdúvidas, explica neste apontamento.