Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Tensão entre Governo e Marcelo

Texto transcrito do semanário Expresso do dia 6 de maio de 2016 sobre divergências entre Governo e Presidente da República à volta do Acordo Ortográfico. Relevo para as declarações de Carlos Reis, professor na Universidade de Coimbra: «Há todo um trajeto feito e em boa parte consolidado, mesmo que os opositores do AO não o queiram reconhecer. Nas escolas, na comunicação social, na atividade editorial, na administração pública o AO já é largamente usado, sem sobressaltos que se conheçam e com a ajuda de abundantes ferramentas disponíveis [...].»

[Ver também: Acordo Ortográfico sob polémica presidencial]

Rejeitar o Acordo Ortográfico?

O jurista e professor universitário Jorge Bacelar Gouveia, declarando que adere ao Acordo Ortográfico de 1990, tece várias considerações sobre esta questão, incluindo aspetos no plano jurídico: «[C]omo seria isso [a inconstitucionalidade da nova ortografia] possível se a sua última versão – a sétima revisão constitucional – foi publicada em 2005, numa altura em que o Acordo Ortográfico não tinha entrado em vigor?» Texto no Diário de Notícias de 5 de maio de 2016.

[Ver também: Acordo Ortográfico sob polémica presidencial]

“Acordo” ortográfico e desacordo nacional
Por Editorial do jornal «Público»

Editorial do Público, de 5/05/2016, com o qual este jornal português, reafirmando críticas ao Acordo Ortográfico de 1990, defende a reabertura do debate ortográfico e considera que o pior «é ter este acordo e ter de suportá-lo como cruz de um calvário que alguém reservou só para nós, mesmo sem qualquer razão válida que o sustente».

[Ver também: Acordo Ortográfico sob polémica presidencial]

Há uma saída airosa para o Acordo Ortográfico?

O presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, no decurso da sua visita oficial a Moçambique, admitiu que, se este país e Angola «não ratificarem o Acordo Ortográfico, isso será uma oportunidade para repensar a matéria». Transcreve-se na íntegra o trabalho que o jornalista Luís Miguel Queirós publicou no jornal Público do dia 5 de maio de 2016 e no qual se sintetiza assim esta discussão relançada: «Ninguém antevê ainda o passo seguinte, e os adversários do AO dividem-se entre os que querem rasgá-lo e os que acham que é possível melhorá-lo.»

[Ver também: Acordo Ortográfico sob polémica presidencial]

Críticas à ideia de Marcelo para repensar o Acordo
Dúvidas do PR português enfurecem defensores do diploma

Sobre o Acordo Ortográfico (AO), em vigor em Portugal desde maio de 2015, o presidente da República (PR), Marcelo Rebelo de Sousa, admitiu numa breve declaração «repensar essa matéria», se Angola e Moçambique não ratificarem definitivamente o tratado. Os especialistas defensores do AO criticam «ideia delirante» do PR, porque o que está em causa é já uma «questão multilateral». Texto transcrito do Jornal de Notícias de 5 de maio de 2016.

[Ver também: Acordo Ortográfico sob polémica presidencial]

«Floresça e viva a portuguesa língua»

No contexto das comemorações do Dia da Língua Portuguesa e da Cultura na CPLP, o atual ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Augusto Santos Silva, realça a crescente afirmação global da língua portuguesa, sublinhando: «O que é promover a língua portuguesa? É promover a sua afirmação como língua internacional, de comunicação e de negócios. É promover o seu ensino, em todos os níveis. É promover o seu uso, quotidiano e cultural. É promover a criação que se exprime em português. E é promover o diálogo e a cooperação entre todos os seus falantes, e as comunidades, nações e países que eles formam.» Artigo publicado no Jornal de Notícias de 5/05/2016.

Os cidadãos e a gramática

«É (...) admissível que se faça a distinção entre homens e mulheres, por exemplo, num discurso político, por uma questão de expressividade oratória ("Portuguesas e portugueses", "Cidadãs e cidadãos"...), mas tal não é funcional na generalidade dos discursos e textos. As palavras não têm sexo: na língua, o masculino ou o feminino são, apenas, género gramatical», escreve Maria Regina Rocha, neste artigo dado à estampa no jornal Público deste dia, a propósito da querela suscitada pela iniciativa do Bloco de Esquerda para a mudança, em Portugal, da denominação do cartão do cidadão.

E falar português, vai desejar?

« (...) Os portugueses de hoje não querem, não são, não têm, não fazem. Desejam, constituem, possuem, elaboram. Só se exprimem verbalmente de duas maneiras: ou dizem "Eu não tenho palavras", ou mais valia que as não tivessem, porque arrebitam a linguagem até ao ridículo. A utilização saloia do inglês também é típica destes tempos: por que é que escrevemos on-line quando não dava trabalho nenhum escrever "em linha"?  (...)  Ele é o retail park, o express shopping, as férias low cost (esta é particularmente significativa: nenhum português faz férias de "baixo custo" ou "baratas"; mesmo que as passem na Cova do Vapor, passam-nas em inglês). (...)»

[Crónica sobre o "policiês", os anglicismos a eito e o falar rebuscado em geral no espaço público português. Publicada pelo autor, ainda em vida, primeiro, no jornal Público de 24 de julho de 2010 e, depois, integrada no livro Ouro e Cinza (Tinta da China Edições, 2014). E recordada, em sua memória, na rubrica da Antena 1 A Contar, de David Ferreira, no dia 3 de maio de 2016, que aqui se deixa também disponível.]

Não, não é verdade..." class="img-adjust">

Vasco Cordeiro – Um dia tipicamente açoriano...
António Costa – ... Solarengo, como se vê...
Vasco Cordeiro – Ora aí está... E portanto seja muito bem-vindo aos Açores.
António Costa – Isto é só para acabar com a má fama dos Açores, [segundo a qual] está sempre a chover. Não é verdade!...
Vasco Cordeiro – Muito bem!

[Diálogo entre o presidente do Governo Regional dos Açores, Vasco Cordeiro, e o primeiro-ministro António Costa, à sua chegada a Ponta Delgada, em dia de sol radioso, in Telejornal da RTP 1, 29/04/2016.]

O cérebro e as palavras
Estudadas 985 palavras, maioritariamente substantivos e verbos

Cientistas da Universidade da Califórnia em Berkeley, nos Estados Unidos, criaram o primeiro atlas semântico do cérebro. 

Texto com título original "Zonas do cérebro associadas às palavras e aos seus significados", que a seguir se transcreve, com a devida vénia do jornal Público do dia 28 de abril de 2016. Escrito segundo a norma ortográfica de 1945