Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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«(...) o FC Porto soma até agora 13 derrotas, situando a época 2015 entre as mais piores da história do clube.»

[jornal “Público”, 12/04/2016]

 

O mau emprego do comparativo de superioridade do adjetivo mau1 ou do advérbio mal é dos deslizes mais recorrentes na imprensa portuguesa, anos e anos a fio...

(...)

A colocação dos pronomes clíticos ou<br> A proliferação dos erros induzidos

As gramáticas portuguesas insistem em apresentar a regra de que os pronomes clíticos (ou pronomes átonos) ocorrem presos depois do verbo: «Ele esqueceu-se dos anos do irmão»; «ele privou-se de muita coisa.» É a regra que, sentimos vontade de dizer, é defendida por todas as gramáticas sem exceção. Celso Cunha e Lindley Cintra, por exemplo, falando do pronome átono, dizem «a sua posição lógica, normal [destacado nosso], é a ênclise» e dão como exemplo: «Agarraram-na e conseguiram a muito custo arrastá-la do quarto.» A regra parece simples. No entanto, seguem-se seis páginas de exceções, seis páginas em que a regra da colocação do pronome não é a ênclise (isto é, o pronome não se posiciona depois do verbo), mas a próclise (isto é, o pronome posiciona-se antes do verbo.

[...] Uma regra simples como esta, com tantas exceções, só pode estar errada...

Um ensino por metas

Em jeito de resposta a questões levantadas sobre a exequibilidade dos Programas e Metas Curriculares que, em Portugal, desde o ano letivo de 2015/2016, estão em vigor na disciplina de Português dos ensinos básico e secundário, Maria Regina Rocha, coautora dos referidos documentos (consultar aqui e aqui), sublinha a importância da definição de metas como forma de conferir maior objetividade à avaliação dos alunos por parte de professores e encarregados de educação. Artigo dado à estampa no jornal Público em 12/04/2016 (texto escrito conforme a norma ortográfica de 1945).

Porquê <i>Panama Papers</i>... em Portugal?

É bem verdade que o chamado Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação – no original, em inglês, International Consortium of Investigative Journalists (ICIJ) – é de raiz norte-americana, com sede em Washington. Mas do mesmo modo que, e bem, é em português que ele é noticiado nos media portugueses, qual a razão de grande parte deles preferir o contrário, quando se escreve e se fala do escândalo fiscal por ele revelado? Porquê Panama Papers (...)?

Monumento público com dois erros estruturais graves

Nunca será de mais falar em regência preposicional. Tal como *ninguém necessita uma coisa, nem se *tem a certeza uma coisa, também *ninguém é alvo uma coisa (os asteriscos assinalam a agramaticalidade da construção). Neste cartaz pretende-se dizer que «o castelo foi alvo de transformações»; não foi *alvo transformações. (...)

Ninguém *«tem a certeza uma coisa» <br>nem *«necessita uma coisa»...

Define-se regência como «a relação necessária entre duas palavras ou entre duas orações, em que uma determina a forma da outra. Contrariamente à concordância, a regência implica uma relação de dependência entre elementos, uma relação de interdependência de um regido relativamente a um regente». (...)

Portugal na CPLP: um entre iguais

«A língua que nos une e queremos valorizar é uma língua policêntrica e pluricontinental; integra múltiplas variedades, todas de igual valor», acentua, neste artigo publicado no semanário Expresso do dia 25 de março de 2016, o ministro dos Negócios Estrangeiros português, Augusto Santos Silva, destacando, em concreto, «o reforço do Instituto Internacional da Língua Portuguesa e a ênfase na produção de conteúdos digitais» em português. Uma tomada de posição na sequência da oposição de Angola, em particular, a Portugal assumir o secretariado executivo da CPLP, como estava previsto para este novo mandato de quatro anos, e que vai ser assumido, primeiro, por São Tomé e Príncipe.

Saudade – um mistério sem mistério

«[C]onvidaram-me a uma mesa-redonda onde fui bombardeado com perguntas, a primeira das quais, a inevitável: O que significa exactamente "saudade", termo ouvido tão insistentemente e referido como algo que ninguém não-português consegue apreender?» A pergunta é o ponto de partida para uma crónica do escritor e professor universitário Onésimo Teotónio Almeida, que desvela os supostos arcanos da palavra saudade (texto publicado pelo Jornal de Letras de 2/03/2016).

Porquê

«(...) Foi preso em Itália um cidadão algeriano, suspeito de ter forjado os documentos (...)»

Cristina EstevesTelejornal, RTP 1, 27/03/2016

Um encontrão...  frontal

«(...) O presidente da República diz que já tem praticamente tomada a decisão sobre o Orçamento de Estado.
Marcelo Rebelo de Sousa adianta que vai de encontro ao que já conhecia do documento. (...)»

Cristina Esteves, Telejornal, RTP 1, 26/03/2016