Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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E quando o título de uma notícia ostenta erros ou é absurdamente enigmático? É este o tema do artigo de Ana Martins no semanário Sol.

Em defesa do ponto de exclamação

A favor do uso do ponto de exclamação – escreve o jornalista Ferreira Fernandes, transcrito da crónica do autor publicada no "Diário de Notícias" do dia 9 de agosto de 2009, ao contrário de outros autores como o poeta e cronista Pedro Mexia [cf. Contra a exclamação].

Os propósitos da criação neológica — o tema do artigo de Ana Martins no semanário Sol.

Porque é que os nossos políticos falam por palavras que não existem? Bom, não é rigoroso dizer que não existem. É melhor dizer que são palavras que não estão atestadas nem em dicionários nem em corpora (conjuntos de textos, devidamente organizados, que servem a análise linguística).

Passemos aos exemplos.

Qual a origem da palavra espargata? Miguel Esteves Cardoso andou a investigar e diz-nos qual é — no Público do dia 4 de Agosto de 2009.

 

Queria escrever esparregata mas o único dicionário que tinha à mão, o da Academia [das Ciências de Lisboa], não me deixava. Telefonei a um ginasta amigo que me explicou que "esparregata" era só para o caso especial em que se escorrega num bocado de esparregado. Para todas as outras ocorrências, envolvendo espargos ou não, é espargata que se deve escrever.

A palavra democracia é um termo de sentido fluido? É este o ponto de partida do artigo de Ana Martins no semanário Sol.

Sobre os contrastes na qualidade da escrita jornalística — contrastes que podem ocorrer num mesmo jornal. Trata-se de mais um artigo de Ana Martins no semanário Sol.

Na gíria escolar, chumbar significa «reprovar». Ou seja, não passar neste ou naquele exame, nesta ou naquela disciplina ou… nelas todas. Como o termo virou modismo na comunicação social portuguesa, lá se voltou ele a ouvir (e a ler) no seu sentido… contrário.  Noticiava-se a votação do relatório da Comissão Parlamentar da Assembleia da República no caso do Banco Português de Negócios. Mais concretamente os votos contra do Bloco de Esquerda, PCP e CDS: «O relatório foi chumbado pela oposição».

O termo ensino possui a raiz latina sign-, presente nas palavras signo, significar, significado; mas também em sinal, assinalar, assinar, sina, sino e sinete. Aquele que ensina, verdadeiramente, deixa uma marca, um sinal, em quem aprende, marca-lhe, algum modo, a sina.

E quem aprende adquire o conhecimento. Aprender é um verbo formado de apreender (do mesmo étimo latino apprehendere), com o significado de «abarcar com o espírito», «abranger com o entendimento».

Sobre o excesso de orações subordinadas numa mesma frase — um artigo de Ana Martins no semanário Sol.

As 27 funções da palavra "que". Verdadeira palavra mágica da nossa língua é o título do livro de José Perea Martins, editado pela brasileira Ediouro. Que a palavra que tenha 27 funções é óptimo, mas que ela apareça 27 vezes num mesmo texto breve é dramático.

Cristiano Ronaldo nem fez um mês de Real Madrid e já se expressa só em castelhano. Mais precisamente: logo que chegou e os media espanhóis não mais o largaram. Aconteceu com ele, como, antes, com todos os futebolistas portugueses e brasileiros que se transferiram para clubes espanhóis. E acontecerá, sempre assim.