Controvérsias - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Polémicas em torno de questões linguísticas.
Malefícios no ensino do Português

São, eles, na opinião da autora, referindo-se à realidade portuguesa: a «impraticabilidade da TLEBS», a «valorização da oralidade sobre a escrita»,  a subalternização do Latim e o Acordo Ortográfico. Artigo dado à estampa no jornal “Público” de 20/08/2012, a seguir transcrito na íntegra.

 

Texto publicado no semanário “Expresso” de  21/07/2012, a propósito da polémica Teresa Gersão vs. Maria Helena Mira Mateus.

Na sua controvérsia com Maria Helena Mira Mateus, o texto de Teolinda Gersão surgiu, impresso, numa mesa da minha sala de professores, uns dias antes de o encontrar aqui, no Ciberdúvidas. Considerei-o mais literário que didático. Pelos vistos, Maria Helena Mateus levou-o mais a sério. Não tomo partido, mas, já que Maria Helena Mira Mateus invoca, como exemplo, o Dicionário Terminológico, colocaria, à sua consideração, a reflexão que se segue.

 

 

A propósito do programa de português do ensino básico em Portugal <br> Teolinda Gersão <i>vs.</i> Maria Helena Mira Mateus
Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

A escritora Teolinda Gersão escreveu, em forma de «redação» e «a pedido» dos netos, este texto saído no jornal Público em 2 de julho de 2012.

Respondeu-lhe a linguista Maria Helena Mira Mateus, igualmente no jornal Público, em 7 de julho de 2012, seguindo-se posteriormente a réplica de Teolinda Gersão no Observatório da Língua Portuguesa e no jornal Público de 13 de julho de 2012.

 

Querida Maria Helena:

Há 50 anos que sou tua amiga, te admiro como pessoa e respeito o teu trabalho como professora universitária de linguística.

Sempre evitei, no entanto, discutir contigo o trabalho que tens feito fora da universidade, nomeadamente no que respeita à influência que tens tido no ensino do português no secundário. Sempre soube que nesse ponto não estávamos – e nunca vamos estar - de acordo.

«É absurdo assacar ao ensino da língua materna erros, dislates e desinteresse que sente um estudante que julga que aprender Português é só ter lido alguns livros (quando o faz) e não dar erros de ortografia.» Resposta ao texto da escritora Teolinda Gersão, publicada no jornal Público ...

 

Neste texto publicado no jornal Público de 2 de julho de 2012, a escritora Teolinda Gersão apresenta as críticas dos seus netos ao Programa de Português do Ensino Básico e ao Dicionário Terminológico, sob a forma de uma redação dirigida a uma professora de Português.

 

 

Esta é uma controvérsia sobre a função sintática do pronome se.

Surgiu a propósito da seguinte pergunta chegada ao consultório do Ciberdúvidas: no segmento «Diz-se que o João é bom aluno?» — quis saber a professora Isabel Santiago —, a oração subordinada substantiva completiva desempenha a função de sujeito, ou de complemento direto?

A propósito dos diferentes pontos à volta da questão apresentada pela professora Isabel Santiago sobre a função sintática do pronome se na frase «Diz-se que o João é bom aluno?», fica em linha também este texto de Maria Regina Rocha.

 

Na oração «Diz-se que o João é bom aluno», o «se» é uma partícula apassivante (nomenclatura tradicional), também chamado «clítico se passivo», e, portanto, a oração «que o João é bom aluno» desempenha a função sintática de sujeito.

Réplica do autor à discordância do consulente Fernando Bueno, sobre a resposta A construção impessoal reflexa.

E ainda bem que discorda, Sr. Engenheiro! Nem precisa de pedir licença. Sempre que discordar, faça favor de o dizer, que da discussão pode nascer mais luz. Eu gosto de ser entendido!