Ensino - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Questões relativas ao ensino do português língua materna/língua estrangeira.
Da manipulação noticiosa – verdades, não verdades e subentendidos
Uma notícia acerca do relatório de 2022 do Conselho Nacional de Educação

«O título da peça noticiosa é «Escola pública perdeu mais de 300 mil alunos. "As pessoas não querem ir para professores"» [...] [e] constitui uma descarada manipulação da informação que, putativamente, pretende veicular.» Crónica da linguista Margarita Correia a respeito de um título noticioso difundido pela Rádio Renascença, relativo a um relatório do Conselho Nacional de Educação e tendente, segundo a autora, a pôr em causa a escola pública em Portugal. Texto transcrito, com a devida vénia, do Diário de Notícias de 14 de fevereiro de 2022.

Um suave milagre na brisa da tarde
Sobre o ensino do grego em Portugal

A propósito do Dia Internacional da Língua Grega, o professor universitário Delfim Leão faz a análise da evolução do ensino da língua grega em Portugal. 

Artigo publicado no Diário de Notícias, em 9 de fevereiro de 2022 (aqui transcrito com a devida vénia).

Variação e norma linguística
O ensino da norma-padrão e da variação linguística

«O ensino da língua, ao promover um conhecimento linguístico consciente, deve superar o saber falar e escrever e permitir uma reflexão sobre a complexa rede linguística de uma comunidade, uma vez que a escola não deve ser castradora da variação linguística

Neste artigo, Inês Gama reflete sobre a norma e variação linguística e a importância do seu ensino na escola, tendo em conta que qualquer língua é considerada um sistema heterogéneo, aberto e dinâmico, que se carateriza pela diversidade do seu uso pelos falantes.

A melhor forma de estudar: saber tirar apontamentos
Do ensino secundário ao ensino superior

«Para que essa tomada de notas seja eficaz, o aluno tem de aprender a simplificar a escrita através de abreviaturas e de símbolos, tem de ler e reler, de ser criterioso, de modo a sistematizar os conteúdos de forma inteligível.»

Texto da prof.ª Lúcia Vaz Pedro sobre como o hábito de tomar notas nas aulas do ensino secundário pode mais tarde ter impacto importante no sucesso de quem ingressa no ensino superior.

Português académico
No ISCTE em articulação com o Ciberdúvidas

«No sentido de colmatar algumas das dificuldades diagnosticadas, o Iscte - Instituto Universitário de Lisboa, em colaboração com os professores destacados no Ciberdúvidas da Língua Portuguesa abriu um curso destinado a estudantes que ingressam no ensino superior tendo o português como língua não materna e que se encontrem num nível de iniciante.»

Artigo da professora Lúcia Vaz Pedro sobre o português académico e a unidade curricular relativa a esta área que o Laboratório de Competências Transversais do Iscte lança no ano letivo de 2021/2022 com a intervenção dos professores destacados na Associação Ciberdúvidas da Língua Portuguesa.

A importância do ensino das expressões idiomáticas
Em causa a vertente mais comunicativa da língua

As expressões idiomáticas – «formas de expressão próprias de uma língua que refletem a sua riqueza» – e o escasso espaço que ainda lhes está reservado no ensino português justifica esta reflexão de Inês Gama, que alerta para o risco de «cair no esquecimento uma parte estruturante e identificadora da língua portuguesa».

Saramago no ensino do Português
A pedagogia dos livros do Nobel da Literatura

José Saramago faria 99 anos no dia 16 de novembro de 2021. A data, que assinalou o inicio da celebração do centenário do Nobel português da Literatura, é um bom pretexto para um apanhado sobre as suas obras constantes do currículo escolar do ensino secundário, em Portugal. Uma questão ressalta de imediato: e como é estudado um autor que, não raras vezes, tanto "assusta" alunos e professores, face a complexidade das temáticas que desenvolve e a linguagem singular que  o caracteriza?

O ensino sob o signo do absurdo <br>e da assobiadela para o lado
«Absurdos que afetam as aprendizagens dos alunos portugueses»

«Focando-me no ensino [em Portugal], foi-nos dito, e continua a ler-se nas entrelinhas, que a qualidade do ensino não depende do número de alunos por turma. No entanto, todos sabemos por experiência que há grande diferença entre ter 20, 25, 30 ou mais alunos, na sala de aula» – escreve neste artigo* de opinião a professora de Português Maria do Carmo Vieira, apontando o que considera serem alguns dos «absurdos que afetam as aprendizagens dos alunos portugueses».

* in jornal Público de 23 de outubro de 2021, escrito segundo a norma ortográfica ortografia de 1945 

 

 

Gramática formal e ensino
Uma entrevista com o linguista João Costa

«Não defendo uma aplicação direta dos modelos teóricos da linguística formal ao ensino e aprendizagem da língua materna. É necessária, contudo, a explicitação, para que haja um uso mais consciente da língua.» Declarações do linguista João Costa, que, em Portugal, é também Secretário de Estado Adjunto e da Educação do XXII Governo Constitucional, acerca de como aproximar, atualizando-os, os conteúdos gramaticais do ensino não universitário dos avanços dos estudos científicos sobre as línguas e o fenómeno da linguagem humana em geral. Entrevista publicada na revista científica ReVel (v. 19 n. 37 de 2021).

A finalidade moral da literatura
Um contributo para o perfil do aluno no final da escolaridade obrigatória

A literatura pode e deve ser edificante, no sentido de ajudar a formar pessoas responsáveis, autónomas,  integras, inovadoras. Altruístas, sensíveis, criativas.

Esta potencialidade da literatura poderá ser reforçada pela atualidade dos temas que aborda, tornando-a dinâmica, atemporal, reflexiva. Se a todos esses fatores acrescentarmos o deleite, o prazer de ler, o desenvolvimento da compreensão escrita, da expressão, do raciocínio, a literatura é, indubitavelmente, a maior ferramenta de desenvolvimento do aluno, do ser humano, em geral.

Uma reflexão da professora Lúcia Vaz Pedro.