Ensino - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Questões relativas ao ensino do português língua materna/língua estrangeira.
Dos anos letivos, os velhos e o novo
Reflexão acerca das mudanças

«Gosto de contar estas histórias [acerca de algumas mudanças no ensino] aos mais novos, especialmente os meus estudantes, que não sabem (e não têm como saber) como era Portugal há 50 anos e que, como tal, não têm defesas contra os crónicos detratores do sistema, pregadores das desgraças da democracia e das instituições democráticas, fanáticos do elitismo e da sociedade estratificada, defensores do "antigamente é que era bom", avessos à liberdade e aos direitos que a maioria de nós apenas conquistou depois de 1974» – declara a linguista Margarita Correia nesta crónica publicada no Diário de Notícias no dia 20 de setembro de 2021.

O poder mágico da literatura
Um desafio, uma escolha

A grande missão do professor de Língua Portuguesa, seja ele o de Portugal, o do Brasil, o de Angola, ou de outros países lusófonos é a de levar até aos seus alunos um pouco do outro através do exercício da leitura literária, para que ele interiorize verdades. Poderá ser através da poesia, do romance, da peça de teatro, mas que, acima de tudo, seja capaz de cumprir um papel de formação social e humana e que contribua para a educação estética e a sensibilidade perante o mundo.

Uma reflexão da professora Lúcia Vaz Pedro.

Língua e democracia
Dominar a linguagem para evitar deturpações

«Uma das formas de garantir que democracias como a brasileira não morram é ter o seu povo ciente da sua responsabilidade ao eleger os seus representantes, e para isso é necessário que tenham acesso a uma educação de qualidade, que o prepare para atuar na sociedade de modo consciente e crítico» – sustenta a professora Edleise Mendes na crónica que escreveu e leu para o programa de rádio Páginas de Português de 12 de setembro de 2021.

Ensinar <i>Os  Lusíadas</i>: a mitificação da língua portuguesa
A alunos do 7.º ano de escolaridade, em Portugal

O privilégio de «ser professor de Português» e a importância do ensino da obra maior de Luís de Camões, Os Lusíadas, descrito neste texto de Lúcia Vaz Pedro, docente do Ensino Secundário, em Vila Nova de Gaia.

Como se ensina uma língua pluricêntrica?
Variações da língua

Uma língua língua pluricêntrica, como é o português – lembra a  linguista brasileira Edeleise Mendes *  – «significa o reconhecermos em toda a sua diversidade, como língua de muito(a)s, não apenas no espaço dos países que o têm como língua oficial, mas também incluindo a sua grande diáspora, além dos seus falantes como língua não materna, cada vez em maior número. Isso implica que em cada espaço onde a língua portuguesa se desenvolveu, a ela foram-se agregando novos elementos, linguísticos e culturais, decorrentes das características geográficas, sociais e culturais locais, bem como do contato com muitas outras línguas que com ela convivem.»

*Crónica escrita e lida para a emissão de 16 de maio de 2021 do programa de rádio Páginas de Português, na Antena 2 . Imagem de br.freepik.com (17/05/2021).

O PPPLE e a formação de professores de Português
Materiais e recursos didáticos digitais para o ensino de Português

«Em seus oito anos de funcionamento,  o PPPLE [Portal do Professor de Português Língua Estrangeira/Língua Não Materna] fortaleceu-se como um relevante instrumento de política linguística dos Estados membros da CPLP, não apenas pelo seu caráter inovador e por sua grande capacidade de atingir um grande público, mas também porque tem sido um ambiente que favorece o diálogo, o intercâmbio e o fornecimento de insumos para a formação de professores de português (LE/LNM).»

Crónica escrita e lida pela linguista  Edeleise Mendes (Universidade Federal da Bahia) para a emissão de 18 de abril de 2021 do programa  de rádio Páginas de Português (Antena 2) .

 

Livro sinaliza ensino da língua portuguesa no vasto Canadá
Um estudo sobre os estudantes de Português em contextos canadianos

«Considerando que o português no Canadá é ensinado e aprendido num contexto de língua minoritária as "competências plurilingues e interculturais" dos professores e dos alunos "são frequentemente mais deixadas sem reconhecimento e inexploradas"» apesar da sala de aulas de português ser "muito rica de uma natureza multilingue e multicultural".» É com base neste pressuposto que os professores Inês Cardoso e Vander Tavares lançaram um livro, intitulado em inglês Teaching and Learning Portuguese in Canada («Ensinar e Aprender Português no Canadá»), à volta do qual se centra o texto que a seguir se transcreve e que foi publicado no  portal Notícias ao Minuto em 4 de abril de 2021. 

Voltamos à escola agarrados à primavera
O regresso do 2.º e 3.º ciclos ao ensino presencial em Portugal

«Agarremo-nos à primavera, mesmo que seja com medo, e pensemos que, tal como “Roma não se construiu num dia”, também não poderemos desejar recuperar aprendizagens com receitas-relâmpago» – avisa a professora Lúcia Vaz Pedro nesta reflexão incluída na edição digital do jornal Público em 5 de abril de 2021, data do regresso à atividade presencial dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico em Portugal, no contexto do plano de desconfinamento.

Fonte da imagem: "Covid-19: ensino privado também quer testes rápidos como no público",  TVI24, 07/03/2021.

 

Somos professores. Não desistimos
Como resistir à pandemia no ensino

«É preciso garantir as condições essenciais para que todos possam ver e ouvir os seus professores. É preciso garantir que nenhuma criança ou adolescente fica sem uma refeição. É preciso estar atento a sinais de violência e de abuso.» Apelo do professor Dinis Rebelo para fazer frente aos constrangimentos que, em Portugal, afetam o funcionamento das escolas devido à pandemia.

Crónica publicada no jornal Público, no dia 24 de janeiro de 2021.

Literacia, trabalho e igualdade de género
Há menos mulheres em lugares de topo em Portugal

Portugal encontra-se «(...) abaixo da média da União Europeia relativamente à percentagem de mulheres em lugares de topo, de acordo com o Índice de Biodiversidade de Género 2020 (European Institute for Gender Equality)» – assinala a professora e linguista Margarita Correia no artigo "Literacia, trabalho e igualdade", no qual reflete acerca das causas que levam a essa situação. A autora sublinha que, além de os índices de alfabetização, apesar de terem melhorado ao longo das últimas décadas, não serem os desejados, em Portugal, o facto da maior percentagem de pessoas com diplomas do ensino superior ser constituída por mulheres não lhes garante nem lugares de topo em empresas nem melhores salários, muito por culpa da cultura empresarial e institucional.  

Artigo publicado originalmente no Diário de Notícias no dia 10 de fevereiro de 2021.