Os modismos são típicos da forma de falar dos jovens e, por vezes, dificultam a comunicação com os adultos. Uma reflexão bem-humorada por Carla Marques.
Os modismos são típicos da forma de falar dos jovens e, por vezes, dificultam a comunicação com os adultos. Uma reflexão bem-humorada por Carla Marques.
«A passagem da palavra empatia de um uso técnico e erudito para um uso corrente, induzido pela linguagem dos media, é um daqueles fenómenos que podia ser estudado por uma sociologia linguística» – escreve neste apontamento o autor, publicado no suplemento Ípsilon, do jornal Público, no dia 9 de agosto de 2019.
Os verbos evitar e dispensar são usados atualmente em contextos próximos da negação total ou parcial. Miguel Esteves Cardoso, na sua crónica do dia 22/04/2019 no jornal português Público, discorre sobre os sentidos que estes verbos conquistaram no léxico comum e como este percurso pode interferir na nossa relação afetiva com a língua. Texto escrito segundo a norma anterior ao Acordo Ortográfico de 1990.
A família de palavras derivadas do verbo engajar é mais um modismo que está um pouco por todo o lado. Palavras feias que facilmente poderiam ser substituídas por outras, como nos mostra Carla Marques numa pequena crónica sobre a memória das palavras e sons.
Impactante é uma das palavras da moda. Usada para destacar o cariz positivo de algo que se avalia é a palavra disponível para se dizer bem, muito bem... As outras palavras que poderiam ser usadas voltam a ficar na prateleira.
«Ter o foco em...», «manter o foco» e «estar focado» estão na moda nos media portugueses. É o treinador de futebol que diz que a sua equipa «está focada» só no próximo jogo, o jornalista que repete o «foco» atribuído pelo treinador ou o ministro que lança para as exportações o «enfoque» do Governo. Chavões que se usam como solução para resolver os mais variados problemas. Porém, como todos os modismos, contribuem para a redução dos recursos lexicais.
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