Pergunta:
Gostava, se possível, de saber a etimologia do apelido Mota, a sua origem e o seu brasão.
Obrigado.
Resposta:
Segundo José Pedro Machado (Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa), Mota é apelido atestado desde o século XIV, com origem no topónimo Mota, por sua vez, evolução do germânico motta, «"monte de terra", elevação natural ou artificial onde por vezes se construíam castelos».
A Enciclopédia Verbo Luso-Brasileira de Cultura (1972), que confirma a génese portuguesa do nome, dá informação sobre os brasões a ele associados:
«Apelido de origem port[uguesa]. O 1.º que conhecemos é Ruy Gomes de Gundar, chamado o M[ota], por ter residência no solar da M[ota]. Parece que este solar era nas margens do rio Ave, nas terras de Lanhoso. Muitos autores fazem sugestões sobre o local onde foi construído este solar: na Quinta da Mota, na freg[uesia] de S. Miguel de Fervença, no conc[elho] de Celorico de Basto; ou na freg[uesia] de S. Martinho de Campo, no mesmo conc[elho], ou em S. Miguel de Travanca, o con[celho] referido, ou ainda em Chã, Gestaçô, próximo de Gundar. O marquês de Montebelo em nota ao L[ivro de] L[inhagens] – 4 [Nobiliário do Conde D. Pedro] diz que o solar era nas terras de Lanhoso, junto do rio Ave, sem dar mais elementos de informação. Ruy Gomes de Gundar, chamado [..] o Mota, era casado com D. Mayor Afonso, filha de Afonso Sanches Maravilha, e de sua mulher D. Teresa Roiz Moreira. Era bisneto de um ... valeroso e muito honrado cavaleiro (sic) ..., que acompanhou na sua vinda para Portugal o conde D. Henrique, pai do 1.º rei de Portugal, a quem serviu lealmente. Foi em cavaleiro D. Mem de Gundar, natural das Astúrias, que faz em Telões. Era casado com D. Goda, que nasceu na Galiza. Desta fam[ília], dizem as crónicas, houve geração que continuou o apelido. As armas d...