Oração na voz activa e oração na voz passiva sintética
A minha pergunta é: quando se transforma uma oração que está na voz ativa (quando esta apresenta tempo composto) em oração na voz passiva sintética, a forma verbal transforma-se no tempo simples equivalente (ex.: «tinha planejado» = «planejara»), ou a forma verbal resume-se ao verbo principal no pretérito perfeito do indicativo?
Exemplos:
(1) Eu tinha planejado uma bela festa (voz ativa).Planejou-se uma bela festa? Ou planejara-se uma bela festa?
(2) Alguns professores têm sido procurados na escola (voz passiva analítica).Têm-se procurado alguns professores? Ou procuram-se alguns professores.
Obrigado pela atenção.
A função sintáctica de «De um povo heróico» (hino do Brasil)
«De um povo heróico», do Hino Nacional do Brasil, é complemento verbal, ou nominal?
Verbo sugerir e modo indicativo
«Lula sugere que Walfrido e Agnelo ficam.»
Como devo justificar o uso do verbo ficar no presente do indicativo?
A regência do verbo servir
Gostaria de saber se a frase: «José de Tal. 40 anos servindo à sociedade» está correta. A pergunta está relacionada ao uso da crase após o verbo servir, já que o mesmo tem, em princípio, a regência de transitivo direto e intransitivo. Alguns dicionários o recepcionam somente como tal; outros, também com regência de transitivo indireto.
Grato.
A colocação do sujeito com verbos intransitivos
Antes de mais, parabéns e obrigada por este espaço!
Se tivermos a intenção de não colocar o sujeito em foco, apenas as frases a) 2 e b) 2 poderiam ser utilizadas?
a) 1. O Pedro telefonou. a) 2. Telefonou o Pedro. b) 1. Um cão ladrou. b) 2. Ladrou um cão.
Verbo volitivo + se apassivante/indeterminado
A forma: «Por mais dúvidas que se queiram solucionar» é preferível a «Por mais dúvidas que se queira solucionar»?
Agradecida.
Identificar complementos directos e indirectos
Sou estudante e encontro-me com bastantes dificuldades na sintaxe do português, nomeadamente, no que se refere aos complementos preposicionados. Apesar de ter consultado várias obras gramaticais (Celso Cunha, Maria Helena Mira Mateus) e de ler todas as respostas do Ciberdúvidas no que respeita aos complementos do verbo, continuo sem saber que função sintáctica atribuir aos complementos preposicionados. Além de que, na Gramática do Português Moderno, José Manuel de Castro Pinto e Maria do Céu Vieira Lopes, Plátano Editora (ensino secundário), na página 183, deparo–me os seguintes exemplos: A Rita chamou pelo pai. CD pelo pai O Nuno cumpre com as obrigações. CD com as obrigaçõesO professor pegou no livro. CD no livro Naquela exposição, gostei de muitos quadros. CD muitos quadros Na obra de Celso Cunha, na página 513, pode ler-se o seguinte: «A ligação do verbo com o seu complemento, isto é, regência verbal, pode fazer-se: a) directamente, sem uma preposição intermédia, quando o complemento é objecto directo. b) indirectamente, mediante o emprego de uma preposição, quando o complemento é objecto indirecto.» Conheço os testes que permitem identificar os complementos directos, indirectos e oblíquos, mas tenho dificuldade em classificar as funções sintácticas dos complementos preposicionais. Se os complementos preposicionais têm funções de complemento directo e indirecto, como distingui-los? Muito obrigada.
«Andar andando»: voz perifrástica e pleonasmo
Gostaria de tirar uma dúvida: a expressão «anda andando» seria classificada como o quê?
Os falantes brasileiros e o pronome lhe
Desculpem-me a presunçosa intervenção, visto que não sou nenhum douto em nossa língua, mas acho que houve um equívoco quando se disse que os falantes brasileiros empregam a forma «lhe» em substituição das formas «o», «a», «os», «as» na resposta dada pela consultora Sónia Valente Rodrigues no dia 21/06/2007. Gostaria apenas de relembrar que a substituição mais comum no português do Brasil é a do «tu» por «você», principalmente nas regiões influenciadas pelo Rio de Janeiro e por São Paulo (é verdade, isto já inclui quase todo o país, mas há exceções nos extremos sul, principalmente, e norte). Como a concordância de «você» é feita com a terceira pessoa, então o pronome pessoal «lhe» acaba por substituir o pronome de segunda pessoa e não os de terceira pessoa.As letras das músicas usadas na resposta, ao contrário do que foi dito, aplicam o «lhe» para as pessoas com quem falam e não de quem falam. Seguem abaixo trechos das músicas em questão (as aspas foram postas por mim).Tomara – Toquinho e Vinicius(trecho)Tomara que «você» volte depressaQue «você» não se despeça nunca maisdo meu carinhoE chore, se arrependa e pense muitoQue é melhor se sofrer juntoQue viver feliz sozinhoTomara que a tristeza «lhe» convençaQue a saudade não compensaCoisinha do Pai – Jorge Aragão, Almir Guineto e Luiz Carlos(trecho)«Você» vale ouro, todo o meu tesouroTão charmosa da cabeça aos pésVou «lhe» amando, «lhe» adorandoDigo mais uma vezAgradeço a Deus por que «lhe» fezObviamente, não sou dono da verdade e agradeço imensamente que me corrijam se eu estiver enganado.Grato pelo bonito trabalho deste site e pela possibilidade do livre debate.
O advérbio talvez e o modo conjuntivo
«Ela fez menção de levantar-se, ir embora, porém meu olhar acolhedor ou talvez o medo do ridículo a retiveram.»
Sabe-se que o termo talvez, quando anteposto ao verbo, obriga ao modo subjuntivo. A frase acima envolve, entretanto, alguma particularidade, pois o advérbio se refere apenas a um dos núcleos do sujeito composto. Mesmo assim, deveria ser «retivessem», supondo a conjunção com caráter aditivo?
Obrigado.
