Entendo a diferença entre seu e dele, mas fico muito confuso na utilização de um ou de outro, no sentido em que acabo por usá-los no mesmo texto, por vezes na mesma frase. É isto correto?
Poderei referir-me no mesmo texto a uma mesma pessoa por vezes com dele, por vezes com seu, conforme me soar melhor?
Por exemplo, posso dizer em determinado passo «Um carro excelente, o dele» e mais à frente «anotou no seu diário», referindo-se estes passos à mesma pessoa? É que neste caso soa-me mesmo melhor o «dele» no primeiro caso, e o «seu» no segundo. É isto aceitável?
Obrigado.
Na frase «Elas eram tratadas como amigas», «amigas» pode ser considerado um adjetivo?
Recentemente li a seguinte expressão: «Trazemos sempre muita coisa de Itália.»
A minha dúvida refere-se a julgar que, em vez de «usar muita coisa», deveria ler-se «usar muitas coisas».
Assim é a primeira estrofe do poema "O Mergulhador", do poeta brasileiro Vinicius de Moraes:
«Como, dentro do mar, libérrimos, os polvos
No líquido luar tateiam a coisa a vir
Assim, dentro do ar, meus lentos dedos loucos
Passeiam no teu corpo a te buscar-te a ti.»
Para além do efeito poético que a prodigalidade dos pronomes oblíquos proporciona, que relações gramaticais poderiam ser identificadas nesse emaranhado deles?
Já me deparei com pronomes oblíquos tônicos sucedidos por átonos, mas sempre atribuí a um pleonasmo são. Em tais casos, porém, não me oriento bem.
Na frase «Nós todos somos seus fãs», qual a função sintática do vocábulo todos na frase mencionada?
Obrigado.
A forma «entre si» é empregada depois de substantivos?
Por exemplo, a sequência «da colaboração entre si resultou ótimo proveito» está correta?
Muito obrigado.
Como nativo, as duas seguintes frases parecem-me certas:
a) Esse partido não fica tanto à esquerda.
b) Esse partido não fica tão à esquerda.
É para mim difícil de justificar a gramaticalidade da frase a). Está mesmo errada?
Perguntei a várias pessoas e todas me asseguraram que ambas lhes pareciam certas.
Muito obrigado pelo vosso excelente trabalho.
Peço o favor de me esclarecerem sobre qual é a função sintática desempenhada pela expressão «do ser humano» na frase «Com Maria apareceu também a luz que, [...] apesar de ainda me escaparem enquanto metáforas belíssimas, encobrimentos e contradições do ser humano.»
Muito obrigado.
Não abdico de um bom pequeno almoço logo pela manhã.
Qual é a função sintática «de um bom pequeno-almoço»?
A seguinte situação é-me um bocado confusa, pois lamentavelmente tenho dificuldade em parar de pensar de acordo com a gramática de um dos meus idiomas maternos, o espanhol.
No espanhol, é possível construir a frase imperativa «apriétense las manos!» ou «dense las manos!», pois no espanhol, estamos a mandar fazer essa ação reciprocamente.
Em português, não entendo porque só há de ser «apertem as mãos» e «deem as mãos» (versus estas supostas frases erradas segundo os nativos de português: “apertem-se as mãos” e “dêem-se as mãos.) Agradeço antecipadamente a vossa resposta.
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