O termo inglês gig, introduzido no meio musical, em português é considerado um nome do género masculino ou feminino?
Se traduzirmos como «concerto/ espetáculo musical» dizemos «o gig»?
E se traduzirmos como «atuação/ apresentação musical», dizemos «a gig»?
Será indiferente usarmos o masculino ou feminino?
Esta questão já foi aqui apresentada por outro consulente e a vossa resposta foi «Penso que deve dar preferência ao uso da expressão "tudo o resto"».
Eu mantenho as minhas dúvidas, até porque quem respondeu não o fez com convicção ao usar o «penso que». Pois eu penso que deve ser «todo o resto», entendido como a totalidade da parte restante. Por exemplo, hoje, na capa de A Bola, lê-se que Fernando Santos fala «sobre a Liga das Nações e sobre tudo o resto».
No meu ver, estes dois conceitos são contraditórios: se fala sobre tudo, não sobra resto para acrescentar ao que fala. Ela fala, com certeza sobre a Liga das Nações e sobre a totalidade da parte restante (de matérias de futebol, certamente) que vão além do assunto principal.
Agradeço a vossa atenção.
Qual a melhor opção de sinónimo para «encontrar coisas em comum»:
1. Tentou encontrar comumnalidades entre elas.
2. Tentou encontrar comunalidades entre elas.
Já vi várias vezes ser utilizada a primeira opção em trabalhos académicos, mas no dicionário da Infopédia apenas surge o segundo vocábulo. Existe alguma alternativa mais correta?
Obrigado.
Está correto "reendoutrinar" (cf. re-indoctrinate)?
«A intenção de se introduzirem e re-endoutrinarem os fiéis com princípios anti-Igreja.»
Cito abaixo os nomes latinos e seu respectivo nome nórdico, colocando em seguida o nome aportuguesado que sugiro [exemplo: Adelus (Adils/Eadgils) – Adelo]. Como são nomes não atestados fora da Wikipédia, preciso do crivo de um linguista para usá-los.
* Adelus (Adils/Eadgils) – sugerido Adelo.
* Agnus/Agnius (Agne) – sugerido Agno ou Ágnio.
* Alaricus e Ericus (Alrekr e Eiríkr) – sugerido Alarico e Érico.
* Amundus (Amund) – sugerido Amundo.
* Anundus (Anund) – sugerido Anundo.
* Aunus (Aun) – sugerido Auno.
* Biornus (Bjørn/Bjǫrn/Björn) – sugerido Biorno. Há uso no espanhol e no italiano e há residual uso em português.
* Dagerus/Dagus Sapiens (Dagr Spaka) – sugerido Dagero/Dago, o Sábio.
* Dagnerus (Dyggve) – sugerido Dignero.
* Domalder (Domalde/Dómalda/Domalde/Dómaldi) – sugerido Domaldro.
* Elfus e Inguinus (Alf e Yngve/Alfr e Yngva) – sugerido Elfo e Inguíno.
* Fliolmus/Fiolni (Fiǫlnir/Fjǫlnir/Fjölner) – sugerido Fliolmo.
* Gudrodus (Guðrøðr/Gudrød) – sugerido Gudrodo.
* Hacus (Hake) – sugerido Haco.
* Haldanus (Halfdan) – sugerido Haldano.
* Hugleicus (Hugleik) – sugerido Hugleico.
* Iaroslaus (Jaroslav) – Jaroslau.
* Inglingus (Yngling) – sugerido Inglingo(s) (outro nome familiar), presente em ao menos um dicionário lusófono e obras hispânicas.
* Ingoldus (Ingjald) – sugerido Ingoldo.
* Inguar (Ingvar) – sugerido Inguar, com a possibilidade de também citar Igor, forma como esse nome nórdico antigo foi traduzido para o russo e como chegou ao português depois.
* Iorundus (Jörund/Jørund/Jorund/Eorund/Jörundr) – sugerido Jorundo.
* Iziaslaus (Iziaslav) – sugerido Iziaslau
* Mistislaus (Mistislav) – sugerido Mistislau
* Niordus (Njord) – sugerido Niordo.
* Olegus (Oleg) - Olego ou Olegue, forma que usei por aparecer residualmente em algumas obras lusófonas
* Ostenus/Augustinus (Östen/Eysteinn) – sugerido Osteno/Agostinho; o primeiro é uma latinização das fontes nórdicas, enquanto o segundo foi dado pelas fontes latinas mediterrânicas ao rei sueco que participou nas cruzadas.
* Ottarus (Ottar) – sugerido Otaro.
* Ragualdus (Ragnvald) – sugerido Ragualdo.
* Randverus (Randver) – sugerido Randúero ou Randuero.
* Rostislaus (Rostislav) – Rostislau
* Saxo Grammaticus – sugerido Saxão Gramático.É referido em latim em todas as fontes nórdicas e na literatura moderna. Há algumas fontes em português para Saxão Gramático.
* Scyldingus (Scylding/Skjöldung) – sugerido Escildingo(s) (é um nome familiar, não necessariamente um sobrenome).
* Scyldus/Scildus/Schioldus/Scioldus (Scyld/Skjöld) – sugerido Escildo, Esquioldo e Escildo.
* Sigurdus (Sigurd) – sugerido Sigurdo.
* Solvus/Salvus (Sölve/Salve/Sølve) – sugerido Solvo/Salvo.
* Stenchillus (Stenkil) – sugerido Estenquilo.
* Suercherus/Sverchervs/Swegthir (Sveigðir/Sveigder/Svegder/Swegde/Swerker) – sugerido Suérquero.
* Svetopolcus/Suetopolcus (Svyatopolk) – sugerido Esvetopolco ou Suetopolco
* Svetoslaus/Suetoslaus (Sviatoslav) – sugerido Esvetoslau ou Suetoslau
* Valander (Vanlanda/Vanlande/Vanlandi) – sugerido Valandro.
* Vsevolodus (Vsevolod) – Usevolodo
A lista é muito mais extensa, mas acho que com esses vários exemplos é possível ter um panorama daquilo com que estamos lidando. [...] Os que defendem os nomes nórdicos consideram o uso do latim equivocado por não ser uma língua de uso corrente – e por quererem ser puristas em relação ao nomes. Nós, latinistas, visamos o uso do latim, não só por também ter uso nas poucas fontes existentes (algumas das obras nórdicas só sobreviveram na sua versão latina), mas por ser a forma mais eficaz de chegarmos a nomes seguros no português e por melhor atender às demandas dos leitores de nossa enciclopédia, em sua maioria leigos e alunos pré-universitários.
Agradeço imensamente a atenção.
Preciso criar um termo relativo ao ato ou à produção de slides (aplicado à educação com a noção de produção de slides para apresentação em sala de aula). Pensei em partir da palavra aportuguesa "eslaide" e gerar "eslaidização". Assim, "eslaidização" seria um neologismo viável ou possível na língua portuguesa? Se não for possível, vocês poderiam me propor um novo termo mais ajuste aos padrões de composição lexical?
Obrigado.
Qual o termo correto (ou mais correto), fresco (português europeu) ou afresco (português brasileiro)?
Queria saber se na língua portuguesa existe a dupla pronominalização.
Eu sou hispanofalante e surgiu a dúvida porque em espanhol podemos dizer cómetelo (come=verbo; te=pronome; lo=pronome) e eu quis fazer a tradução mas não consegui.
Obrigada!
Gostaria muito de saber a função ou classificação da locução «em que» retirado de um versículo bíblico:
«Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós , sendo nós ainda pecadores.» (Romanos 5:8)1
1. N.E.: Versículo retirado de uma versão em linha da Bíblia Almeida Corrigida Fiel, a qual, por sua vez, se baseia na tradução do Novo Testamento por João Ferreira de Almeida (1628-1691), sacerdote português convertido ao protestantismo. À frase bíblica em causa deu-lhe o referido autor a seguinte formulação (mantém-se a grafia seiscentista): «Mas Deus encarece sua charidade pera com nosco, que Christo morreo por nós, sendo nós ainda pecadores.» No exemplo apresentado na questão, escreve-se corretamente conosco, forma normativa brasileira que, no português de Portugal, corresponde à grafia connosco,
Na frase em português «eu me sinto bem», o verbo é reflexivo, mas no inglês a frase fica assim: I feel good. A lógica no português é que neste caso a pessoa é praticante e vítima da ação ao mesmo tempo, mas no inglês não. Falando de uma maneira não gramatical, por que no português o verbo é reflexivo, e no inglês não? Por que existe a diferença na forma de pensar na ação (sentir) nessas duas línguas? A lógica não deveria ser a mesma?
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
Se pretende receber notificações de cada vez que um conteúdo do Ciberdúvidas é atualizado, subscreva as notificações clicando no botão Subscrever notificações