Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Área linguística: Morfologia Construcional
Deusdete Neris de Sousa Júnior Estagiário Graduando em Engenharia Industrial Belém, Brasil 906

Conquanto não pertença ao paradigma verbal normativo, o particípio presente segue em uso regular na fala e escrita, em neologismos espontâneos, geralmente com final -ante, inclusive com função verbal.

No entanto, para verbos cuja vogal temática é o i, concorrem as possibilidades -iente e -inte. Portanto, qual alternativa seria a mais adequada?:

«Todos os "saintes" devem deixar o crachá à mesa.»

«Todos os "saientes" devem deixar o crachá à mesa.»

«Todos os "salientes" (forma latina) devem deixar o crachá à mesa.»

Quais as regras aplicáveis a essa classe de adjetivos de base verbal da língua portuguesa?

Paulo Pomar Por conta de outrem Porto, Portugal 705

A minha questão tem a ver com a utilização do hífen na grafia anterior ao Acordo Ortográfico de 1990, ou seja, com as regras aplicáveis na vigência do acordo de 1945, ou decorrentes do mesmo ou porque já existiam anteriormente.

Sei que o prefixo semi, escrito com esta grafia só era precedido de hífen se as palavras principiais começassem por h, i, r ou s. E quanto ao prefixo tele?

Com o acordo de 1990, nos últimos dois casos não existe hífen, e o r e o s são dobrados. Mas como era anteriormente? Aplicam-se as regras do prefixo semi? Um texto que não segue o acordo deve escrever, por exemplo "tele-radiestesia" e "tele-receptor"?

Já encontrei vários artigos vossos, mas todos eles se centravam na perspectiva do acordo de 1990. 

Obrigado.

Adelaide Richardson Tradutora Portugal 1K

Tenho encontrado o termo "membrezia" e "membresia" em sites portugueses para definir a pertença a um grupo/ clube.

Qual dos termos é mais aceitável, se é que algum? Li a entrada acerca de "membresia" mas não fazia menção a esta outra grafia...

Obrigada.

Rui Carlos Queirós de Sousa Basto Engenheiro Gualtar, Braga, Portugal 1K

Na comunidade das ciências naturais, ciências humanas, ciências sociais e noutras áreas do conhecimento humano subsiste a dúvida (e a discussão) sobre se se deve adotar "Antropoceno" ou "Antropocénico" como o vocábulo adequado para designar a nova época geológica e cultural em que teremos entrado em meados do século XX.

O conceito de Antropoceno/Antropocénico é transversal a todas as áreas do conhecimento humano e traduz um tempo a partir do qual a humanidade se tornou uma força telúrica capaz de colocar em causa a sua própria existência, bem como a vida tal como a conhecemos, ao ponto de poder causar a sexta extinção em massa do planeta. Sendo um conceito não apenas geológico, mas também cultural, gostaria de saber a opinião dos linguistas do Ciberdúvidas sobre como devemos apelidar este novo tempo: Antropoceno ou Antropocénico?

Agradeço antecipadamente a vossa resposta e aproveito para felicitar o vosso trabalho, altamente meritório para a língua portuguesa.

João Marques Funcionário público Odivelas, Portugal 860

A [minha] questão é colocada porque o denominado Dicionário CUSTOM.DIC do Departamento de Língua Portuguesa tem o termo oleo-hidráulico sem acento [no prefixo], quando, segundo as regras da utilização do hífen, deveria ser acentuado.

Antecipadamente agradecido.

 

Diogo Morais Barbosa Revisor Lisboa, Portugal 1K

Como poderíamos fazer o diminutivo de jornalista?

Li jornalistinha, mas soa-me francamente mal...

Aproveito para vos agradecer o facto de estarem a responder-nos também nesta fase de confinamento.

Paulo Andrade Cuidador Lisboa, Portugal 1K

Uma amiga minha chama-se Manuela mas é tratada por Manucha.  Como se chama este termo?

Não é diminutivo, não é abreviatura, será alcunha?

Peço esclarecimento, por favor.

Obrigado.

André Torres Bloguer Torres Vedras, Portugal 970

Em 1945 o gentílico «torreense» desapareceu. Uma palavra que está registada na história de Torres Vedras. Mas nos escritos nacionais atuais não existe e é considerado um erro. Porquê não voltar a colocá-la no dicionário?

Este “erro” nos dias de hoje ainda existe. Dá nome ao clube de futebol da cidade, dá nome a várias empresas desta terra e relembra as bandas, a filarmónica, os refrigerantes e tantas outras empresas que atualmente já não existem. Reforço, porquê não voltar a colocar esta palavra com história no dicionário? De acordo com o ponto C da alínea 2 da base V do Acordo Ortográfico de 1990, estabelecia desta forma as grafias: “goisiano (relativo a Damião de Góis), siniense (de Sines), sofocliano, torriano, torriense [de Torre(s)]”.

É curioso que sineense, (também uma palavra com história local), atualmente existe no dicionário e também é considerada nos escritos nacionais atuais um dos gentílicos de Sines. Torreense, uma palavra com história e memória local, é atualmente uma palavra sem significado e inexistente nos escritos nacionais atuais.

Aguardo uma resposta. Obrigado.

Armando Dias Reformado Lagos, Portugal 3K

A expressão «erro de simpatia» voltou a ouvir-se sobre o caso à volta do currículo do Procurador Europeu José Guerra, cuja categoria profissional erradamente atribuída a ministra da Justiça Francisca van Dunem considerou ser «um erro de simpatia». Ou seja, que julgo ser esse o sentido da expressão, que é desculpável e, portanto, não penalizável.

A minha dúvida é porém esta: qual a origem concreta da expressão «erro de simpatia»?

Os meus agradecimentos.

Gelson Juraszck Professor de História Frederico Westphalen, Brasil 902

Qual seria a definição correta de teodidata?