Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Campo linguístico: Escrito/Oral
Margarida Silva Dias Tradutora Portugal, Lisboa 6K

Gostaria de saber se se usa e é legítimo (ou se fui eu que a "inventei") usar a expressão «agora por isso», em alternativa a «por falar disso», «a propósito» e outras que me poderão estar a passar.

Gostaria de saber se há alguma citação que eu possa apresentar a quem diz que nunca ouviu falar de tal expressão.

Obrigada.

Rachel Real Estudante Rio de Janeiro, Brasil 7K

Gostaria de saber qual das opções abaixo está correta:

Quero compartilhar fotos de eu mesmo cantando.

Quero compartilhar fotos de mim mesmo cantando.

Cremilde Rodrigues Professora Leiria, Portugal 6K

De acordo com inúmeros autores de gramáticas de Português, na transformação do imperativo do discurso direto para o discurso indireto, tanto podemos usar o pretérito imperfeito do conjuntivo como o infinitivo, tal como no exemplo seguinte:

O pai pediu-lhe: «Fica no teu quarto e faz os TPC.»

«O pai pediu-lhe que ficasse no seu quarto e fizesse os TPC.»
ou
«O pai pediu-lhe para ficar no seu quarto e fazer os TPC.»

Não será este último exemplo mais característico da linguagem falada e por isso preferível o primeiro, no registo escrito?

Maria Alice Silva Vieira Professora de História S. João da Madeira, Portugal 3K

Há uma cidade russa cujo nome transcrito seria "Voronej", embora se pronuncie "Varonej", pois a letra "o" átona, em russo, lê-se "a".

1.ª pergunta — Devemos dizer em português "Voronej", ou "Varonej"?

2.ª pergunta — Os habitantes dessa cidade serão "Voronejianos", "varonejianos", "voronenses", "varonenses"?

Agradeço a vossa ajuda desde já.

Francisco Almeida Professor Almada, Portugal 6K

Gostaria de saber se as palavras quatro e quarto são palavras parónimas.

Obrigado.

Álvaro Barros Estudante Ipiaú, Brasil 7K

Agradeço à equipa do Ciberdúvidas pelas respostas dadas anteriormente, e à senhora Ana Carina Prokopyshyn, por ter-me auxiliado na resposta 28 400.

Mas, ainda tendo algumas dúvidas, peço o vosso auxílio. Tendo em vista o que a senhora Ana Carina Prokopyshyn escreveu no trecho — «Estes desvios ou desarticulações são próprios da linguagem corrente, ou seja, são tendências do registro oral, mas devem ser evitados, principalmente na escrita, pois nos dias de hoje existem normas e convenções que devemos seguir» — ocorrem-me algumas questiúnculas.

No trecho «Estes desvios ou desarticulações são próprios da linguagem corrente, ou seja, são tendências do registro oral,» pode ser aplicado ao que se encontra na obra de Camões, Os Lusíadas, uma vez que se encontra formas como «ingrês»?

Em «Mas devem ser evitados, principalmente na escrita», isso levaria a uma inibição de novas formas fonéticas e estagnação na língua? Como ajustar esta conceção com as mudanças constantes que a língua viva sofre?

«Pois nos dias de hoje existem normas e convenções que devemos seguir.»

Por que as mudanças fonéticas ocorridas na passagem do latim para a língua portuguesa são aceitas e as que ocorrem dentro da própria língua não são aceitas, ou mal vistas, dependendo da classe social em que ocorrem? Só se considera uma forma legal e aceita aquela admitida na elite erudita que forma a língua? Mas quando nos recordamos que a língua portuguesa estruturou-se, tendo como base o latim vulgar, não entraria em contradição o pensamento cultivado pela norma culta de uma língua «perfeita»?

Ainda não consigo compreender as discussões e as dimensões das implicações que decorrem de críticas feitas à norma culta do português.

Vemos muitos argumentos em prol de mudanças na norma culta, mas que argumentos podem ser elencados para salvaguardar nosso patrimônio histórico e nossa tradição perpetuados na língua?

Agradecido pela atenção e consideração sempre prestada por todos vós.

Pedro Santos Empregado de escritório Covilhã, Portugal 6K

Tenho muitas dúvidas sobre como transcrever do discurso oral certas expressões que aparentemente são perguntas sem o serem na realidade.

Por exemplo:

«Eu só escolhia aquilo que mais me agradava, não é, e deixava de lado o resto.»

Deve-se escrever como acabei de fazer, ou assim?:

«Eu só escolhia aquilo que mais me agradava, não é?, e deixava de lado o resto.»

Eu julgo que se pode colocar o ponto de interrogação antes da vírgula, mas fica estranho, do mesmo modo que me parece estranho colocar, como coloquei, o ponto de interrogação antes dos dois-pontos. Será que o posso fazer?

Continuação do vosso inestimável trabalho!

Luís Romero Tradutor/revisor Barcelona, Espanha 8K

Agradeço que me indiquem se o verbo curtir (no sentido de «desfrutar, gostar») tem alguma norma que exige ou não a utilização da preposição de junto com o artigo seguinte. Exemplos:

1. «Curto do actor X.»

2. «Curto o actor X.»

Agradeço desde já a atenção dispensada.

Mónica Gama Professora Leiria, Portugal 5K

Gostaria, se fosse possível, que as minhas dúvidas fossem esclarecidas pelo dr. D´Silvas Filho, cuja clareza de raciocínio e de expressão eu admiro profundamente.

Tenho algumas dúvidas que têm que ver com o discurso directo. Como devo pontuar as frases seguintes?

Exemplo 1:

— Que belo carro! — exclamou Pedro. — Gostava que fosse meu.

ou

— Que belo carro! — exclamou Pedro — Gostava que fosse meu.

Exemplo 2:

— Queres vir comigo? — perguntou Joana. — Não me demoro.

ou

— Queres vir comigo? — perguntou Joana — Não me demoro.

Estão bem pontuadas as seguintes frases?

— Eu não vou — afirmou João. — Estou farto.

— Ela dorme — afirmou Tânia —, mas ouve tudo.

Muito obrigada!

Álvaro Rodrigues Gestor Luanda, Portugal 7K

Li notícias usando o termo calhandrice.

Desconhecia-o, apenas sabendo da existência do termo calhandreiro, que associava a calão.

Agradeço o vosso comentário.