Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Campo linguístico: Funções sintáticas
Nayane Gonçalves Professora de Redação e Gramática Campinas, Brasil 1K

Nos versos de Adélia Prado, há a seguinte construção: «Amor feinho não olha um pro outro

«Um pro outro» [ou «um para o outro»], sintaticamente, é classificado como?

Obrigada desde já!

Isabel Guilherme Professora Portugal 1K

Na frase «Ficámos ambos contentes», qual é o sujeito e o predicado?

Considera-se sujeito nulo ou a palavra ambos desempenha a função de sujeito?

Obrigada.

Antonio Lima Professor Bonito-PA, Brasil 701

Qual a análise sintática das frases com "que será de" na acepção de «ter como destino, acontecer com» (Dicionário Caldas AuleteFrancisco Fernandes registram esses significados):

Ex.: «Que seria "dele" sem o apoio da mulher?»

O verbo ser para Fernandes teria objeto indireto («dele»), outros registram a frase, mas não analisam sintaticamente.

Alguns dizem que o verbo fazer está em elipse – «Que seria [feito] dele sem o apoio da mulher», fazendo de «dele» objeto indireto do verbo elíptico fazer. Mas o fato é que não entram em acordo sobre a análise sintática .

Alguns professores não conseguem analisar a transitividade do verbo ser.

E o dicionário Michaelis vê como linguagem coloquial.

1) Qual a melhor análise seguindo os estudos linguísticos atuais sobre esta construção ?

2) Qual seria a análise sintática mais adequada de «dele»: predicativo do sujeito ou objeto indireto ?

Grato pela resposta.

Parabéns pelo ótimo trabalho de todos vocês.

Lucas Tadeus Oliveira Estudante Mauá, Brasil 727

Em «O leitor toma conhecimento apenas do que o detetive vê e ouve», «do que o detetive vê e ouve» é complemento nominal de conhecimento. O pronome relativo que é objeto direto, porque toma o lugar de «aquilo».

Mas se eu fosse analisá-lo dentro do complemento, poderia ainda usar a classificação de "objeto direto", ou há outra mais precisa?

Quan Yang Estudante Lisboa, Portugal 888

«...O temporal não há meio de parar...»

A frase é retirada de uma ficção.

O que quero saber é que neste contexto «o temporal» funciona como o sujeito ou um objeto anteposto?

Isabel Maria Leite Araújo Professora Guimarães, Portugal 656

Na frase «Ele acusa-a de, por estar bem de saúde, se estar ralando para o que os outros sofrem...», a expressão «para o que os outros sofrem» desempenha a função sintática de complemento oblíquo ou modificador?

Obrigada.

Luís Pereira Professor Coimbra, Portugal 836

Fui surpreendido com a seguinte análise sintática:

Na frase «Amarraram uma rede aos troncos», o constituinte «aos troncos» é substituível por lhes e classificado de complemento indireto.

Fico na dúvida se não é complemento oblíquo.

Podiam elucidar-me sobre esta classificação?

Obrigado pelo vosso trabalho.

Vicente Carlos Teles de Serpa de Sousa Brandão Empregado de escritório Porto, Portugal 1K

Na seguinte frase:

«Quando o autor da sucessão tenha sido o participante, pode ser exigido pelo cônjuge sobrevivo ou demais herdeiros legitimários, independentemente do regime de bens do casal, o reembolso da totalidade do valor do plano de poupança, salvo quando solução diversa resultar de testamento ou cláusula beneficiária a favor de terceiro, e sem prejuízo da intangibilidade da legítima.»

a frase «salvo quando solução diversa resultar de testamento ou cláusula beneficiária a favor de terceiro» é uma oração sintaticamente independente, visto que termina com uma vírgula e se segue um e na frase seguinte?

A função de uma vírgula antes de um e é separar uma oração principal de uma oração coordenada?

Sara Sila Professora Horta, Portugal 840

Na frase «De manhã, fomos transportados em caleche e visitámos o Taj Mahal» (Público, 21 de julho de 2012), o constituinte «em caleche» desempenha a função sintática de complemento oblíquo?

Flávio Gomes Instrutor de Inglês Brasil 1K

Dicionário Online de Português mostra que o verbo convir, em todas as suas acepções, é transitivo indireto, e, como exemplo na acepção de «demonstrar concordância ou entrar num acordo», cita a frase: «Convenho que estejas certo.»

Minha dúvida é: visto que ele é transitivo indireto, a frase correta não deveria ser obrigatoriamente «convenho EM que estejas certo»?

Obrigado!