O verbo acarretar é acompanhado de preposição? Ex:
(I) Tens de acarretar com as consequências.
(II) Tens de acarretar as consequências.
Queria compreender se a preposição a é corretamente usado na seguinte frase, e se utilizar de em vez de a não estará melhor:
«Assim que entraram no teatro sentiram o nariz contrair-se devido ao cheiro intenso [a] tintas, madeiras cortadas de fresco, vernizes.»
Muito obrigado.
Maria Helena Mira Mateus, na sua Gramática da Língua Portuguesa, pág. 266, diz que «quando o objecto directo é o pronome relativo quem, ocorre obrigatoriamente precedido da preposição a'
Em virtude disso fiquei na dúvida se construções, como «Eu vi quem o viu» e «Eu vi quem o atropelou» – bem que corriqueiras – não seriam erróneas.
Em que contexto é que o relativo quem deve vir obrigatoriamente precedido da preposição a?
Muito obrigado!
Há algum teste para identificarmos se o regime se prende com o nome ou com o adjetivo?
Nesta frase de Camilo Castelo Branco: «Não acho oportuna a ocasião para zombarias.»
Nesse exemplo, para é regime de oportuna ou de ocasião?
Se não houvesse o artigo a, portanto, se a frase de Camilo fosse: «Não acho oportuna ocasião para zombarias» – haveria mudança de interpretação quanto ao regime?
Muito obrigado pelo vosso excelente trabalho!
Pedia que me esclarecessem se a frase apresentada é coerente atendendo à sintaxe do verbo treinar:
«Vou treinar a conduzir na mota do meu pai.»
Aproveito ainda para vos perguntar se é admissível a expressão destacada («conduzir na...») ou se o verbo conduzir apenas suporta um complemento direto.
Cordialmente.
Sobre a frase «Espero poder tornar-me alguém de que gosto um dia», disseram-me que está incorreta, mas não percebo a razão.
Perguntei a alguns portugueses se lhes soava poética ou estranha. Uns disseram que "de quem gosto" soava melhor e outros "de quem goste".
Analisemo-la um pouco melhor. Dividirei a frase em duas partes: "Espero poder tornar-me alguém" e "Alguém de que gosto".
Como vedes, omitirei "um dia", pois não penso que mudará a frase completamente.
Podemos dizer que a segunda parte tem um "adjectivo" ("de que gosto") e pode ser substituído por um outro adjectivo (por exemplo, "agradável").
Quanto à primeira, "Espero" influencia "poder tornar-me", mas não parece influenciar directamente "alguém". Quem desempenha essa função é "tornar-me". Podemos dizer "Espero poder tornar-me alguém agradável" ou "Torno-me alguém de que gosto", penso eu.
O que quero dizer é que, em "Espero poder tornar-me alguém de quem goste", "Espero" parece harmonizar toda a frase. Mas em "Espero poder tornar-me alguém de que (ou de quem) gosto", "tornar-me alguém" passa a influenciar "de que gosto". Portanto não penso que a frase «Espero poder tornar-me alguém de que gosto um dia.» esteja incorrecta, se o que digo faz sentido.
Estou um pouco confuso e gostava duma explicação mais aprofundada.
Agradeço-vos o serviço!
A questão é sobre regências (se este é o nome correto a dar quando não se trata de um verbo) da expressão «estar entusiasmado».
Penso que está correto «estar entusiasmado com um livro». Presumo que também será correto escrever «estar entusiasmado por o trabalho ser interessante» no sentido de justificar o entusiasmo.
Mas posso utilizar "estar entusiasmado para" quando é uma atividade no futuro? Por exemplo: «Estou entusiasmado para ir à praia.»
Obrigada.
Se alguém escrever «andaste comigo à escola?» está a cometer algum erro?
Bem sei que a expressão «andaste comigo na escola?» é mais frequente, mas a primeira sendo mais antiga está formalmente incorreta?
Obrigado.
«O Manuel, tarimbado em discursos, tomou a palavra.»
«Em» é a regência correcta de tarimbado?
Como sempre, grato pelos vossos esclarecimentos.
O consulente escreve de acordo com a norma ortográfica de 1945.
Sempre me pareceu que devemos escrever «dependurar em», mas tenho visto, nomeadamente em textos poéticos, a forma «dependurar de». Está correta? A minha impressão está errada?
Obrigado, desde já.
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
Se pretende receber notificações de cada vez que um conteúdo do Ciberdúvidas é atualizado, subscreva as notificações clicando no botão Subscrever notificações