Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Classe de palavras: substantivo
João Peixoto Professor Porto, Portugal 3K

Qual é a grafia correcta: "catecumenato", ou "catecumenado"? O termo deriva do grego, com a intermediação do latim... Ambas as variantes surgem em publicações oficiais da Igreja Católica. O «velho» Morais conhece as duas formas; o dicionário da Academia das Ciências de Lisboa não regista nenhuma, embora conheça os "catecúmenos"; Houaiss refere apenas "catecumenato".

Agradeço a vossa opinião.

Mário Pereira Desempregado Leiria, Portugal 5K

Hipovolemia existe só no Brasil, ou também em Portugal? É que não encontro a palavra nos dicionários.

Arminda Magalhães Professora Angra do Heroísmo, Portugal 7K

Na palavra contra-revolucionário, contra é, ou não, um prefixo? Eu não o vejo como tal, visto existir, no nosso léxico, a palavra contra, tendo ela uma autonomia de que não gozam os prefixos (Ex.: «Ele manifestou-se contra a posição oficial da Igreja»). Nesta minha perspetiva, a palavra contra-revolucionário seria formada por composição. Ora, à luz do novo Acordo Ortográfico, as palavras compostas onde «não se perdeu a noção de composição» mantêm o hífen, pelo que me parece que se deva grafar contra-revolucionário (contrassenso já não teria hífen, porque se perdeu a noção de composição da palavra).

Agradeço, desde já, a atenção dispensada.

Francisco Damas Técnico químico Lisboa, Portugal 3K

Estamos a escrever um procedimento de trabalho. Neste indicamos que, se acontecer a «situação X», procedemos à "interdição" de um certo equipamento. Após resolução da «situação X», deveremos proceder à "desinterdição" do equipamento. É no termo que significa o oposto de interdição que nos surgem dúvidas, porque não é uma palavra habitualmente ouvida/escrita/lida...

A palavra "desinterdição" como oposto de interdição existe? Pela lógica parece-me que sim, à semelhança de outras (ligar/desligar, coser/descoser, montar/desmontar, etc.).

Para já e para resolver provisoriamente esta questão (e arranjar um consenso na equipa) resolvermos substituir "desinterdição" por reactivação, embora ninguém tivesse ficado particularmente feliz com esta substituição porque não exprime bem o que pretendíamos.

Agradeço o vosso esclarecimento.

Sinval Paulino Jornalista Vitória, Brasil 6K

De onde vem o nome oxi usado para descrever uma droga que vem sendo usada nos centros urbanos? Esta palavra é um radical? Deve ser acentuada?

Helena Ramos Professora Lisboa, Portugal 6K

Aproveito a polémica gerada em torno das novas regras do AO relativas a dois aspetos:

1) Se supermãe passa a ser grafado sem hífen, que sucede a "super-mulher"? Junta-se os dois termos, prefixo e nome? Qual a razão?

2) Relativamente ao acento diferencial, para do verbo parar, de facto, eliminou o acento que o distinguia da preposição para. Neste caso, porque é que "está" do verbo estar não o perde como diferenciador do determinante demonstrativo esta? Qual a razão?

Muito obrigada pela vossa atenção.

Luan Côrtes Estudante Feira de Santana, Brasil 12K

Gostaria de uma análise da regência do termo prevenção. Quais as preposições que podem acompanhá-lo?

Diogo Fidalgo Eletricista Coimbra, Portugal 17K

Existem os:

* Africanos, de África.

* Europeus, da Europa.

* Americanos, da America.

* Asiáticos, da Ásia.

E como se chama a quem pertence à Oceânia?

António José Ramos Monteiro Aposentado Santo Tirso, Portugal 11K

A palavra cateter, para aparecer como oxítona, teria de ter chegado até nós pelo grego, mas, como penso que passou pelo latim, por que não aparece como paroxítona?

Agradeço um esclarecimento.

Artur Crisóstomo Estudante Coimbra, Portugal 5K

Tenho uma pergunta que surgiu pela comparação do termo superfície com o equivalente inglês surface.

Gostaria primeiramente de referenciar a seguinte entrada (em inglês, no texto original) do blogue Linguae Textae (peço desculpa por não citar o artigo, mas não estou suficientemente à vontade, por causa dos direitos de autor).

O autor do artigo diz que a forma preferível para a língua portuguesa (e espanhola) de interface seria "interfície" (interficie em espanhol). Diz ainda que o fenómeno de mudança dos «ás» para «is» é frequente em latim, tal como se verifica em deficiente, do latim deficiens, em que o prefixo de- é apenso ao particípio presente faciens do verbo facere, que se tornou no português fazer e espanhol hacer.

Gostaria que conformassem se estas informações estão correctas.

Caso o estejam, por que motivo, em português, não se diz interfície? Nesta entrada, fala-se em como os falantes de catalão foram engenhosos, por terem adoptado o termo mais preferível. Como assim? Eu, por exemplo, no dia-a-dia, utilizo interface, porque é a norma adoptada pelos manuais escolares e meios de comunicação social, que supostamente deveriam utilizar os termos mais correctos e fiéis à nossa língua. Não existe nenhuma entidade que proponha e promulgue os termos mais correctos a serem utilizados em português?