Antologiar e antologizar
"Antologiar", "antologizar" ou ambos?
Parece-me que o primeiro termo é que faz sentido, mas a verdade é que o segundo se impôs, não sei por que desenvolvimento linguístico.
Obrigado.
A expressão «tanto assim que»
Num dicionário bilíngue italiano–português vem registrada a seguinte locução «tanto che» que apresenta como tradução: «tanto (assim) que» e «de modo que».
A locução «tanto assim que» realmente é registrada na língua portuguesa? E se ela existe, ela se enquadra nas consecutivas?
Faço saber um exemplo do dicionário citado: «Cheguei cedo, tanto assim que ainda não havia ninguém.»
Muito obrigado, desde já, pela resposta dada.
O uso de bem em vez de muito
Cá no Brasil, há uma tendência (giro) em utilizar-se o advérbio de modo bem em vez do advérbio de intensidade muito.
Exemplos:
«O discurso de Marcelo Rebelo de Sousa foi bem interessante (no 7 de Setembro, ao lado de Bolsonaro).»
«A cientista-chefe Sumya Sumyhatan foi bem clara.»
É possível utilizar bem, em vez de muito?
Obrigado.
O topónimo Núrsia (Itália)
Qual o nome correto para se referir a cidade natal de São Bento, "Nórcia" ou "Núrsia"?
Em uma busca na Internet me aparecem as duas versões simultaneamente.
Complemento indireto no português coloquial de Angola
Aqui em Angola, ocorre, tanto na linguagem oral como na escrita, um fenómeno linguístico que consiste em começar a frase com sujeito indeterminado e no final dela explicitar o sujeito começando com a preposição em.
Exs.:
*Lhe bateram no João.
*Vão ralhar na Mingota.
*Roubaram o teu arroz no Joaquim.
É bem provável que essas construções estejam erradas do ponto de vista normativo, mesmo assim, gostaria de saber uma possibilidade de análise sintáctica, principalmente a do sujeito iniciado por em («no João», «na Mingota», «no Joaquim»). Uma hipótese que melhor descreveria esse fenómeno, qual seria?
Muito obrigada!
«Matar com ferro» e «matar à paulada»
Estou a fazer uma tradução e, com base na máxima «com ferro se mata, com ferro se morre», surgiu-me a seguinte dúvida: posso dizer «matou uma a ferro e outra à fome», ou terei mesmo de dizer «matou uma com o ferro e outra à fome»?
Matar pede a preposição a apenas em frases como «matou à fome», «matou à pancada», «matou à paulada», ou pode ser extensível a outros casos que não encontro na net nem em livros?
Reconhecido pela atenção dispensada, despeço-me com respeitosos cumprimentos.
Uso coloquial: «deixa eu ver»
Por motivos familiares, convivo frequentemente com brasileiros, todos eles com cursos superiores. Uma das frases que pronunciam repetidamente e que me choca bastante é «deixa eu ver», «deixa eu fazer».
Já tentei explicar que a frase está mal construída. Inutilmente. É de tal forma que até eu já tenho dúvidas!
Estas construções estão efetivamente erradas?
Agradeço os vossos sempre úteis esclarecimentos
Esbulhado
O adjetivo esbulhado pode selecionar a preposição com, reger a preposição com?
«Sentiu-se esbulhado com o que houve.»
E nesta frase:
«O Imperador viu-se esbulhado de reinar com este ato.»
Nesse caso, a preposição com refere-se a que constituinte frasal? Não será igualmente regida por esbulhado como se dá à preposição de?
Muito obrigado ao vosso excelente trabalho!
O verbo logar-se
Gostaria de saber a regência verbal de logar(-se): "logar(-se) em" ou "logar(-se) a"?
Deslassar e deslaçar (maionese)
A maionese pode deslassar ou deslaçar, ou ambas? Fica frouxa, logo deslassa, ou perde a consistência que já tinha e, portanto, deslaça?
Obrigada. Obrigada também pelo vosso excelente trabalho.
