Trata-se da generalização da passagem de todos os ii átonos a e mudo. É possível que a pronúncia tenha surgido com base na 3.ª pessoa do singular do presente do indicativo – dirige –, que em Portugal pode pronunciar-se "derige", com e mudo na primeira sílaba por efeito de uma regra de dissimilação numa sequência de dois ii seguidos, tal como se verifica na pronúncia-padrão (cf. Filipe, que soa "Felipe" e até "Flipe"). Com base no radical desta forma, é possível que muitos falantes apliquem novamente a regra de dissimilação no infinitivo do verbo, dirigir, talvez pressupondo que o verbo tem a forma "derigir".
Este fenómeno é claramente um desvio à pronúncia-padrão do português de Portugal.